O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (Waldemir Barreto/Agência Senado)
Estadão Conteúdo
Publicado em 15 de fevereiro de 2019 às 14h17.
Última atualização em 15 de fevereiro de 2019 às 14h24.
Brasília - O presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (DEM-AP), disse na manhã desta sexta-feira, 15, que a tensão instalada entre o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, que causou preocupações entre membros do governo e a base no Congresso, não atrapalha o andamento da reforma da Previdência nas Casas.
"Essa crise é do governo, o governo tem que dar uma solução. O Senado nem deve interferir. Acho que não (trava o andamento da reforma)", disse a jornalistas, após encontro de pouco mais de uma hora com o presidente Jair Bolsonaro, no Palácio da Alvorada.
O caso, que tem origem em suspeitas de financiamento de candidaturas laranjas pelo PSL e desavenças antigas entre o ministro e o vereador Carlos Bolsonaro, chegou ao seu ponto de ebulição após o presidente admitir a possibilidade de Bebianno sair do governo.
A crise ocorre no momento em que o Planalto tenta manter coesão para as negociações da pauta de votação mais importante no Legislativo, a da reforma da Previdência.
Alcolumbre contou que o presidente reafirmou a autoridade do Congresso para debater a proposta. "E eu disse a ele que estamos preparados para debater e convencer os parlamentares", comentou. Este é o primeiro encontro entre os dois desde que o parlamentar assumiu o comando do Senado.
"O Senado pode dar contribuição muito grande quando estiver discutindo a proposta. Os líderes partidários, numa interlocução dentro da própria CCJ do Senado, vão conversar dentro de uma subcomissão especial de acompanhamento. Essa estrutura está sendo construída para acompanhar pari passu o que acontece na Câmara dos Deputados", disse Alcolumbre.