Alckmin recebeu R$ 10,3 mi em propina da Odebrecht, diz VEJA
Os recursos teriam sido repassados via caixa dois para o setor de propinas da empresa, nomeado de Departamento de Operações Estruturadas
Valéria Bretas
Publicado em 11 de abril de 2017 às 19h08.
Última atualização em 12 de abril de 2017 às 17h49.
São Paulo – O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), teria recebido R$ 10,3 milhões da Odebrecht durante as campanhas eleitorais de 2010 e 2014, diz reportagem publicada por VEJA.com nesta terça-feira (11).
De acordo com a publicação, os recursos teriam sido repassados via caixa dois para o setor de propinas da empresa, nomeado de Departamento de Operações Estruturadas. As informações foram reveladas no acordo de delação premiada de três executivos da empreiteira: Benedicto Júnior, Carlos Guedes e Arnaldo Cumplido.
Segundo a reportagem, o tucano teria recebido R$ 2 milhões "a pretexto de contribuição eleitoral" na eleição de 2014. Em 2014, quando disputou a reeleição pelo governo de São Paulo, Alckmin teria recebido os outros R$ 8,3 milhões.
Para receber os valores, o governador teria usado o cunhado Adhemar César Ribeiro.“Adhemar receberia pessoalmente parte desses valores (…) Todas somas não contabilizadas”, diz o texto da reportagem ao descrever o relato do relator da Operação Lava Jato no STF, o ministro Edson Fachin.
Na decisão, o ministro determinou a abertura do sigilos de todos os 83 inquéritos abertos que foram feitos a partir dos acordos de colaboração premiada firmados com 77 executivos e ex-executivos das empresas Odebrecht e Braskem.