Brasil

Alckmin nega possibilidade de ataque do PCC em São Paulo

Documento interno da polícia alertava sobre um possível ataque da organização criminosa no estado

Geraldo Alckmin: governador garantiu que o serviço de inteligência da polícia paulista faz monitoramento 24 horas por dia (Josema Goncalves/Reuters)

Geraldo Alckmin: governador garantiu que o serviço de inteligência da polícia paulista faz monitoramento 24 horas por dia (Josema Goncalves/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 16 de janeiro de 2017 às 14h26.

Última atualização em 16 de janeiro de 2017 às 15h14.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, negou hoje (16) a possibilidade de um ataque da facção Primeiro Comando da Capital (PCC) nesta semana.

Um documento interno da polícia alerta sobre um possível ataque da organização criminosa. Alckmin garantiu que o serviço de inteligência da polícia paulista faz monitoramento 24 horas por dia.

O secretário estadual de Segurança Pública, Mágino Alves Barbosa Filho, confirmou a existência de um alerta interno da polícia paulista sobre um ataque programado para amanhã (17), mas disse que o monitoramento feito pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) e pela Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) não apontam a possibilidade de o ataque ocorrer.

"O que está sendo difundido na internet é um informe de inteligência e não tem a menor procedência. Já testamos todos os meios necessários. A segurança do estado está sendo realizada no seu padrão de eficiência e alerta sempre, mas sem reforço adicional".

O secretário afirmou que o informe está errado e que o responsável por sua emissão é "alguém que não sabe trabalhar com inteligência". Ele informou ainda que o investigador que emitiu o alerta será afastado da função. "Não sei quem ele é e não vou falar com ele, mas acho que ele não demonstra ter afinidade com o trabalho de inteligência, que não é feito de forma escancarada".

Rebeliões

Alckmin também rebateu críticas e reportagens que afirmam que o crescimento do PCC e a atual crise prisional estariam relacionados ao fato da transferência de líderes da organização de São Paulo para presídios de outros estados.

"Querer dizer que as rebeliões que acontecem se devem a transferências feitas na década de 90, mais de 20 anos atrás é muita fantasia. É preciso arrumar outra desculpa. O que precisa para líderes de organizações criminosas é ter Penitenciária de Segurança Máxima e Regime Disciplinar Diferenciado, que é o que nós temos", disse Alckmin, no Palácio dos Bandeirantes após cerimônia de entrega de 573 viaturas para a frota da Polícia Militar.

Alckmin disse ainda que as transferências foram determinadas pelo Poder Judiciário, e não pelo governo estadual. "Temos as penitenciárias mais seguras do país. Tanto é que Fernandinho Beira Mar ficou aqui dois anos, nem é de São Paulo, mas esse é um compromisso que temos com o Brasil e podemos ajudar. Ele só saiu porque a Justiça determinou".

Acompanhe tudo sobre:Geraldo AlckminPCCPrisões

Mais de Brasil

Ministro da Justiça reage a caso de jovem baleada pela PRF: 'obrigação de dar exemplo'

Morre Roberto Figueiredo do Amaral, executivo da Andrade Gutierrez

Desabamento e veículos arrastados: véspera de natal é marcada por chuvas em BH

Avião desaparece no AM e mãe de piloto faz apelo por buscas do filho nas redes sociais