Brasil

Alckmin e Dilma fazem discurso em tom conciliatório

"É tão patriótico ser governo quanto exercer a oposição", afirmou o tucano

Dilma durante cerimônia de assinatura de contratos de infraestrutura urbana com o Governo de São Paulo no Palácio do Planalto (Roberto Stuckert Filho/PR)

Dilma durante cerimônia de assinatura de contratos de infraestrutura urbana com o Governo de São Paulo no Palácio do Planalto (Roberto Stuckert Filho/PR)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de dezembro de 2014 às 12h46.

Brasília - Após ver a crise hídrica que atinge o Estado de São Paulo ser levada ao centro do debate político na última eleição presidencial, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) adotou um discurso de conciliação nesta quinta-feira, 4, ao participar de solenidade no Palácio do Planalto de assinatura de contratos de infraestrutura urbana, ao lado da presidente Dilma Rousseff.

"Olha o resultado das eleições: quem ganhou é governo, quem perdeu fiscaliza, é oposição. É a lógica democrática, é tão patriótico ser governo quanto exercer a oposição. Cabe à oposição criticar, fiscalizar e propor. É o absoluto exercício da democracia e cabe a nós, que somos governo, trabalharmos de forma federativa, republicana", comentou o governador, ao conversar com jornalistas.

"O dinheiro do governo do Estado de São Paulo não é do PSDB, é do contribuinte. O dinheiro do governo federal é do contribuinte, acho que demos aqui um exemplo de maturidade política, de trabalho conjunto baseado no interesse público", ressaltou Alckmin.

Questionado sobre a sua posição quanto à votação do projeto que altera a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a forma de cálculo do superávit primário, Alckmin tergiversou. "Acompanho o meu partido, mas quero destacar o bom convênio (de hoje)", respondeu.

Temperatura

Também em um tom de conciliação, a presidente Dilma Rousseff destacou durante a rápida solenidade que a cerimônia marcava um "momento importante".

"É fato que durante a campanha é natural divergir, é natural criticar, é natural disputar. E mesmo em alguns momentos é, diríamos assim, compreensível que as temperaturas se elevem. Mas no entanto, depois de eleito, nós temos de respeitar as escolhas legítimas da população brasileira", disse a presidente.

"Essas escolhas legítimas, em um país que preza a democracia, que está em processo, inclusive, de construir cada vez mais, e de aprofundar a sua democracia, que está ficando cada vez mais madura, é algo extremamente necessário, essas relações republicanas e parceiras", afirmou Dilma, que obteve no Estado de São Paulo apenas 35,69% dos votos válidos no segundo turno, um dos seus piores desempenhos por unidade da federação. No País todo, a petista obteve 51,64% dos votos válidos.

Equador

A presidente decidiu antecipar o embarque para Quito (Equador) e deixará Brasília nesta quinta-feira, às 15 horas, e não mais às 18 horas, conforme havia sido divulgado inicialmente pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom).

Na capital equatoriana, a presidente participa das reuniões da Cúpula da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) nessa sexta-feira, 5. O retorno ao Brasil está previsto para o mesmo dia.

Acompanhe tudo sobre:ÁguaEstado de São PauloGeraldo AlckminGovernadoresPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosSecas

Mais de Brasil

Número de praias impróprias para banho no litoral paulista sobe para 51

Gilmar Mendes, do STF, diz que governo da Venezuela não é democrático

Prefeito de BH, Fuad Noman passa por traqueostomia e está consciente

Exportação de bens de alta tecnologia foi a que mais cresceu entre os setores industriais em 2024