Geraldo Alckmin: “quero ser candidato, mas não depende de mim” / Germano Lüders | EXAME (Germano Lüders/Exame)
Estadão Conteúdo
Publicado em 2 de dezembro de 2017 às 10h58.
São Paulo - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou, em entrevista à RedeTV ontem (1º) no fim da noite, que a PEC da Previdência é um tema sobre o qual "nenhum partido" vai conseguir chegar a uma unanimidade. Disse também que integrar o governo não interfere na adesão ou não dos tucanos na reforma do governo Temer e que, mesmo que desembarque do governo, o PSDB "não vai virar oposição, de jeito nenhum". "Para votar medidas que entendemos que é de interesse do povo brasileiro, nós não precisamos ter ministério para isso. Vamos apoiar da mesma forma", afirmou Alckmin, que encontra-se nesta manhã com o presidente Michel Temer em Limeira. "[Mas] não vamos conversar sobre política", disse o tucano.
Alckmin criticou o governo Temer por ainda não ter feito algumas reformas, entre elas a previdenciária. "O governo errou no 'timing'. Quando votaram o teto [dos gastos públicos, uma emenda à Constituição], deveriam ter feito duas reformas, a política, porque nosso modelo político está totalmente falido, e a previdenciária", disse o governador.
O tucano argumentou que não fala pelo partido, porque a eleição do novo presidente do PSDB será na convenção do partido no dia 9 de dezembro. Mas disse ser a favor de um regime único de previdência para trabalhadores da iniciativa privada e servidores públicos. "[Mas] achar que vai ter unanimidade [sobre a votação da reforma], não vai. Mas vamos fazer a nossa parte, porque [a reforma] é importante para o País", disse.
Alckmin afirmou que, se fosse ele, "faria a reforma já" e disse que é preciso fazer "tudo o que puder" para votar a PEC da Previdência ainda neste ano. "No ano que vem, é muito mais difícil", disse. O governador argumentou que, no primeiro ano do próximo governo, é preciso "votar tudo que é importante", mencionando: reforma política, reforma tributária, reforma da Previdência que, "se passar agora, ótimo". "Mas são reformas necessárias para o Brasil voltar a crescer. Não dá para continuar com 13 milhões de desempregados. Quando tivemos aumento do emprego nos últimos meses, foi economia informal", disse Alckmin.