Alckmin defende "cautela" na questão de impeachment
Governador de SP disse, porém, que se o país estivesse atualmente sob o regime parlamentarista, "o governo já tinha caído porque perdeu a confiança"
Da Redação
Publicado em 14 de julho de 2015 às 20h26.
Brasília - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), potencial candidato à Presidência da República em 2018, considerou nesta terça-feira, 14, que é preciso ter "cautela" sobre um possível pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff .
De passagem por Brasília, Alckmin conversou com a reportagem antes de se reunir com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto, onde deverá discutir projetos voltados para a área de infraestrutura.
Ao ser questionado sobre as declarações do senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) de que é preciso ter "cautela" na discussão de um possível impedimento de Dilma, Alckmin respondeu: "Acho que a análise está correta".
O governador considerou, entretanto, que, se o país estivesse atualmente sob o regime parlamentarista, "o governo já tinha caído porque perdeu a confiança".
Vice na chapa do senador Aécio Neves (PSDB-MG) na última eleição presidencial, o senador Aloysio Nunes considerou, em entrevista à Folha de S.Paulo, que o processo de impedimento pode ser gerar um "desdobramento dramático".
O governador de São Paulo não quis comentar os possíveis desdobramentos do julgamento do Tribunal de Contas da União (TCU), que deverá se reunir até o próximo mês de agosto para analisar as chamadas "pedalas fiscais", realizadas pelo governo Dilma no último ano.
Após decisão do TCU, o processo vai para análise dos congressistas que poderão, ou não, iniciar um processo de impeachment.
"Acho que a prioridade deve ser investigar, investigar e investigar. Impeachment é uma consequência. Mas defendo que sejamos cumpridores da Constituição", ressaltou.
Repatriação
Ao falar sobre os temas na pauta do Congresso, Geraldo Alckmin defendeu a aprovação do projeto de autoria do senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), que prevê a repatriação de recursos de brasileiros no exterior não declarados à Receita Federal.
A proposta é uma alternativa colocada por integrantes da equipe econômica do governo para que a União possa constituir o Fundo de Compensação para Estados que perderem recursos com a reforma do ICMS.
"Pode ser um mecanismo. Tem que repatriar esses recursos. Mas não sei se é o fundo ideal porque tem uma previsão finita", afirmou o governador. "Somos a favor também da reforma do ICMS. Precisamos reduzir as alíquotas interestaduais", emendou.
Em reunião realizada no início da tarde de hoje, o senador Aécio Neves (MG), outro potencial candidato tucano a presidente em 2018, afirmou que o partido vai tentar impedir a votação nesta semana do projeto do senador Randolfe.
"Recebi ontem à noite um telefonema do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e conversei sobre o tema. Acho que não há condições de que essa proposta seja votada nesta semana como gostaria o governo. É algo complexo, temos que examinar de forma clara o que ocorreu em outros países que tomaram essa decisão", afirmou Aécio, atual presidente do PSDB.
"O que me parece mais relevante é termos mecanismos que possam permitir a diferenciação entre recursos lícitos e aqueles que são frutos de tráfico de drogas ou corrupção", emendou.
Segundo ele, o PSDB também não pretende discutir de forma "afoita" projeto que trata da unificação do ICMS.
"Mesmo que a maioria aprove a urgência para esse projeto, nós não permitiremos que seja votado nesta semana, para que ele seja discutido com profundidade", defendeu o senador.
Brasília - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), potencial candidato à Presidência da República em 2018, considerou nesta terça-feira, 14, que é preciso ter "cautela" sobre um possível pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff .
De passagem por Brasília, Alckmin conversou com a reportagem antes de se reunir com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto, onde deverá discutir projetos voltados para a área de infraestrutura.
Ao ser questionado sobre as declarações do senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) de que é preciso ter "cautela" na discussão de um possível impedimento de Dilma, Alckmin respondeu: "Acho que a análise está correta".
O governador considerou, entretanto, que, se o país estivesse atualmente sob o regime parlamentarista, "o governo já tinha caído porque perdeu a confiança".
Vice na chapa do senador Aécio Neves (PSDB-MG) na última eleição presidencial, o senador Aloysio Nunes considerou, em entrevista à Folha de S.Paulo, que o processo de impedimento pode ser gerar um "desdobramento dramático".
O governador de São Paulo não quis comentar os possíveis desdobramentos do julgamento do Tribunal de Contas da União (TCU), que deverá se reunir até o próximo mês de agosto para analisar as chamadas "pedalas fiscais", realizadas pelo governo Dilma no último ano.
Após decisão do TCU, o processo vai para análise dos congressistas que poderão, ou não, iniciar um processo de impeachment.
"Acho que a prioridade deve ser investigar, investigar e investigar. Impeachment é uma consequência. Mas defendo que sejamos cumpridores da Constituição", ressaltou.
Repatriação
Ao falar sobre os temas na pauta do Congresso, Geraldo Alckmin defendeu a aprovação do projeto de autoria do senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), que prevê a repatriação de recursos de brasileiros no exterior não declarados à Receita Federal.
A proposta é uma alternativa colocada por integrantes da equipe econômica do governo para que a União possa constituir o Fundo de Compensação para Estados que perderem recursos com a reforma do ICMS.
"Pode ser um mecanismo. Tem que repatriar esses recursos. Mas não sei se é o fundo ideal porque tem uma previsão finita", afirmou o governador. "Somos a favor também da reforma do ICMS. Precisamos reduzir as alíquotas interestaduais", emendou.
Em reunião realizada no início da tarde de hoje, o senador Aécio Neves (MG), outro potencial candidato tucano a presidente em 2018, afirmou que o partido vai tentar impedir a votação nesta semana do projeto do senador Randolfe.
"Recebi ontem à noite um telefonema do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e conversei sobre o tema. Acho que não há condições de que essa proposta seja votada nesta semana como gostaria o governo. É algo complexo, temos que examinar de forma clara o que ocorreu em outros países que tomaram essa decisão", afirmou Aécio, atual presidente do PSDB.
"O que me parece mais relevante é termos mecanismos que possam permitir a diferenciação entre recursos lícitos e aqueles que são frutos de tráfico de drogas ou corrupção", emendou.
Segundo ele, o PSDB também não pretende discutir de forma "afoita" projeto que trata da unificação do ICMS.
"Mesmo que a maioria aprove a urgência para esse projeto, nós não permitiremos que seja votado nesta semana, para que ele seja discutido com profundidade", defendeu o senador.