Brasil

Alckmin cobra política fiscal "duríssima" no governo Temer

Alckmin citou o próprio setor produtivo de açúcar e etanol para defender também que o governo adote regras claras e estáveis para a indústria alcooleira


	Governador de SP: Alckmin disse que o PSDB seguirá com o apoio ao presidente Temer por conta da responsabilidade do partido, que integra o novo governo, em colaborar nas mudanças do país
 (Rovena Rosa/Agência Brasil)

Governador de SP: Alckmin disse que o PSDB seguirá com o apoio ao presidente Temer por conta da responsabilidade do partido, que integra o novo governo, em colaborar nas mudanças do país (Rovena Rosa/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de agosto de 2016 às 15h57.

Sertãozinho - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), cobrou nesta terça-feira, 23, do presidente da República em exercício, Michel Temer (PMDB), a adoção de um novo tripé macroeconômico baseado em uma política fiscal "duríssima", uma política monetária com juros mínimos e ainda um câmbio competitivo para beneficiar exportadores.

Segundo Alckmin, as medidas seriam adotadas na chamada "segunda largada" de Temer, ou seja, com a efetivação do presidente ainda interino após a cassação da presidente afastada Dilma Rousseff (PT) prevista para a próxima semana.

"Eu tenho ouvido que o presidente Temer terá direito a duas largadas, a primeira quando assumiu interinamente e a segunda com a definição do processo nos próximos dias. É fundamental que nessa segunda largada (Temer) adote uma política fiscal duríssima, uma política monetária com taxas de baixíssima, a exemplo do que ocorre em todo o mundo, e um câmbio competitivo", disse Alckmin durante a abertura da Fenasucro 2016, principal feira da indústria sucroenergética do país, em Sertãozinho (SP).

Alckmin citou o próprio setor produtivo de açúcar e etanol para defender também que o governo adote regras claras e estáveis para a indústria alcooleira retomar os investimentos suspensos após ao menos cinco anos de crise.

"Um setor dessa importância não pode ficar dependendo da boa vontade do governante. Primeiro congela a gasolina, depois libera; cobra a Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico), depois tira", exemplificou.

"É preciso regras estáveis que definam a participação do etanol na matriz de combustível e da cogeração na matriz de energia", completou.

Apesar da cobrança sobre a política econômica do governo, Alckmin disse que o PSDB seguirá com o apoio ao presidente Temer por conta da responsabilidade do partido, que integra o novo governo, em colaborar nas mudanças do país.

Alckmin comentou ainda a participação do candidato tucano à Prefeitura de São Paulo, João Doria (PSDB), no debate realizado ontem pelo Grupo Bandeirantes e considerou que o desempenho do seu afilhado político foi "ótimo".

"Ele colocou bem a questão o emprego e do desenvolvimento. É a novidade da eleição, vai trazer novos modos de gestão e inovação. Há muito a ser feito em São Paulo e ele pode melhorar muito a qualidade de vida da população", concluiu.

Acompanhe tudo sobre:Geraldo AlckminGovernadoresGovernoMDB – Movimento Democrático BrasileiroMichel TemerPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileiros

Mais de Brasil

São Paulo tem 88 mil imóveis que estão sem luz desde ontem; novo temporal causa alagamentos

Planejamento, 'núcleo duro' do MDB e espaço para o PL: o que muda no novo secretariado de Nunes

Lula lamenta acidente que deixou ao menos 38 mortos em Minas Gerais: 'Governo federal à disposição'

Acidente de ônibus deixa 38 mortos em Minas Gerais