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Ainda deixamos a desejar, admite Kassab sobre saneamento

Segundo ministro, zika tem forte ligação com a ausência de saneamento


	Gilberto Kassab: neste ano, a ação apela para que a população se empenhe em "atitudes responsáveis"
 (José Cruz/ABr)

Gilberto Kassab: neste ano, a ação apela para que a população se empenhe em "atitudes responsáveis" (José Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 10 de fevereiro de 2016 às 11h51.

Brasília - O ministro das Cidades, Gilberto Kassab, afirmou que o Brasil "infelizmente está aquém" do ideal no quesito saneamento básico e que "por mais que tenham havido melhorias nos últimos anos, ainda deixamos a desejar".

Ele participou, nesta quarta-feira, 10, do lançamento da Campanha da Fraternidade Ecumênica de 2016, que terá o saneamento como tema central.

Neste ano, a ação apela para que a população se empenhe em "atitudes responsáveis" e para que sejam desenvolvidas políticas públicas para o setor.

Kassab disse que o tema da campanha vem em momento oportuno: "O mosquito Aedes aegypti, transmissor do zika vírus, é uma preocupação que vivemos hoje no País e que tem forte ligação com a ausência de saneamento."

O ministro e representantes da CNBB e do Conselho Nacional das Igrejas Cristãs do Brasil (Conic) terão reunião ainda nesta quarta com a presidente Dilma Rousseff para apresentar a campanha e pedir engajamento do governo federal na causa.

"Os investimentos na área de saneamento são, por natureza, mais difíceis", admitiu o ministro.

O presidente do Conic, Dom Flávio Irala, disse que levará à presidente preocupações em relação a locais, principalmente nas regiões Norte e Nordeste, em que há um "déficit muito grande" neste setor. "Vamos pedir justiça regional. Ninguém deve ser privado do acesso ao saneamento em função de sua condição socioeconômica", disse.

Durante a cerimônia de lançamento da campanha, houve a leitura de uma carta assinada pelo papa Francisco em que ele convida as pessoas "a se mobilizar, a partir dos locais em que vivem".

O pontífice destaca que o acesso à água potável e ao esgoto sanitário é condição necessária para a superação da injustiça social e para a erradicação da pobreza e da fome, além de contribuir para a sustentabilidade ambiental e para a superação dos altos índices de mortalidade infantil e doenças evitáveis.

"A grave dívida social com os pobres é parcialmente saldada quando se desenvolvem programas para prover de água limpa e saneamento", escreve o papa.

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