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AGU descarta pedir suspeição de Toffoli

De acordo com órgão, não existem, até o momento, justificativas para o afastamento do ministro da relatoria dos casos que envolvem o Banco Mercantil do Brasil

O ministro do STF, José Antonio Dias Toffoli: AGU descarta pedir suspeição do ministro nos processos movidos por banco contra o governo (José Cruz/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 31 de agosto de 2013 às 09h39.

Brasília - A Advocacia-Geral da União (AGU) descarta pedir suspeição do ministro do Supremo José Antonio Dias Toffoli nos processos movidos pelo Banco Mercantil do Brasil contra o governo. O órgão alega não ver, "até o momento", "elementos que justifiquem" o afastamento do ministro da relatoria dos casos.

De 2007 a 2009, até ser indicado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Supremo, Toffoli comandou a AGU, que representa o governo em ações judiciais. O atual chefe do órgão, Luís Inácio Adams, sucedeu ao ministro no cargo.

Como o Grupo Estado revelou, o ministro relata ações do Mercantil, embora tenha obtido no banco, em 2011, empréstimos de R$ 1,4 milhão. Após decisões nos casos, em abril deste ano, a instituição cortou as taxas de juros de 1,35% ao mês para 1% ao mês, o que assegurou a ele um desconto de R$ 636 mil no total de prestações, a serem pagas até 2028.

De acordo com o Código do Processo Civil e o Regimento do Supremo, cabe arguir a suspeição do magistrado quando alguma das partes for sua credora. Questionada, a AGU não explicou por que não vê elementos para pedir afastamento do ministro dos casos. O Grupo Estado enviou ontem questionamentos à assessoria de imprensa do órgão, que não se pronunciou.

Toffoli nega relação entre os processos movidos pelo Mercantil contra o governo e a concessão dos empréstimos, com abatimento dos juros. As prestações somam R$ 16,7 mil mensais ou 92% da remuneração líquida no Supremo. O ministro sustenta que seus ganhos não se resumem ao salário, mas se nega a detalhá-los.

O Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) informou nesta sexta-feira (30) que pedirá à instituição que fiscalize os empréstimos ao ministro. A entidade quer que o Departamento de Supervisão Bancária apure se os créditos foram liberados seguindo as normas do sistema bancário e a política interna do banco. O Mercantil não fornece detalhes da negociação com o ministro, justificando que a operação é protegida por sigilo bancário.

O BC não informou se vai investigar os empréstimos. O Mercantil não respondeu a questionamentos enviados nesta sexta-feira (30) pelo Grupo Estado.

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De 2007 a 2009, até ser indicado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Supremo, Toffoli comandou a AGU, que representa o governo em ações judiciais. O atual chefe do órgão, Luís Inácio Adams, sucedeu ao ministro no cargo.

Como o Grupo Estado revelou, o ministro relata ações do Mercantil, embora tenha obtido no banco, em 2011, empréstimos de R$ 1,4 milhão. Após decisões nos casos, em abril deste ano, a instituição cortou as taxas de juros de 1,35% ao mês para 1% ao mês, o que assegurou a ele um desconto de R$ 636 mil no total de prestações, a serem pagas até 2028.

De acordo com o Código do Processo Civil e o Regimento do Supremo, cabe arguir a suspeição do magistrado quando alguma das partes for sua credora. Questionada, a AGU não explicou por que não vê elementos para pedir afastamento do ministro dos casos. O Grupo Estado enviou ontem questionamentos à assessoria de imprensa do órgão, que não se pronunciou.

Toffoli nega relação entre os processos movidos pelo Mercantil contra o governo e a concessão dos empréstimos, com abatimento dos juros. As prestações somam R$ 16,7 mil mensais ou 92% da remuneração líquida no Supremo. O ministro sustenta que seus ganhos não se resumem ao salário, mas se nega a detalhá-los.

O Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) informou nesta sexta-feira (30) que pedirá à instituição que fiscalize os empréstimos ao ministro. A entidade quer que o Departamento de Supervisão Bancária apure se os créditos foram liberados seguindo as normas do sistema bancário e a política interna do banco. O Mercantil não fornece detalhes da negociação com o ministro, justificando que a operação é protegida por sigilo bancário.

O BC não informou se vai investigar os empréstimos. O Mercantil não respondeu a questionamentos enviados nesta sexta-feira (30) pelo Grupo Estado.

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