AGU defende acordo com empresas investigadas
O advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, defende realização de acordo de leniência com empresas acusadas de participar do esquema de corrupção na Petrobras
Da Redação
Publicado em 21 de fevereiro de 2015 às 17h52.
Brasília - O advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, publicou um vídeo neste sábado para defender a realização de acordo de leniência com as empresas acusadas de participar do esquema de corrupção na Petrobras, que foi exposto durante investigação da Operação Lava Jato.
A declaração de Adams, veiculada no canal da Advocacia-Geral da União (AGU) noYoutube, é dada no momento em que o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) contesta os acordos por entender que eles podem atrapalhar as investigações.
Nos últimos dias, ficou público que as empresas investigadas procuraram o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.
Essas empresas tentam acordos que permitam punições menos severas porque, a princípio, podem sofrer punições que afetarão diretamente seus ganhos, como a impossibilidade de celebrar contratos com o governo.
Para Adams, o acordo é bom porque pode fazer com que as empresas contribuam com as investigações e parem de adotar eventuais condutas de corrupção.
O entendimento entre governo e acusados, segundo ele, "não isenta o criminoso, não impede a produção de provas" e "é um instrumento que potencializa a investigação porque coloca a empresa como agente colaborador do Estado".
No vídeo, Adams disse que a lei permite a realização do acordo. "Acordo de leniência já vem previsto na legislação específica do Cade no combate ao cartel. E veio a ser introduzido também na Lei 2.846, que trata do combate à corrupção. É um instrumento dirigido à empresa destinatária dessas penalizações, no sentido de permitir que ela faca uma espécie de colaboração premiada", disse.
Brasília - O advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, publicou um vídeo neste sábado para defender a realização de acordo de leniência com as empresas acusadas de participar do esquema de corrupção na Petrobras, que foi exposto durante investigação da Operação Lava Jato.
A declaração de Adams, veiculada no canal da Advocacia-Geral da União (AGU) noYoutube, é dada no momento em que o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) contesta os acordos por entender que eles podem atrapalhar as investigações.
Nos últimos dias, ficou público que as empresas investigadas procuraram o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.
Essas empresas tentam acordos que permitam punições menos severas porque, a princípio, podem sofrer punições que afetarão diretamente seus ganhos, como a impossibilidade de celebrar contratos com o governo.
Para Adams, o acordo é bom porque pode fazer com que as empresas contribuam com as investigações e parem de adotar eventuais condutas de corrupção.
O entendimento entre governo e acusados, segundo ele, "não isenta o criminoso, não impede a produção de provas" e "é um instrumento que potencializa a investigação porque coloca a empresa como agente colaborador do Estado".
No vídeo, Adams disse que a lei permite a realização do acordo. "Acordo de leniência já vem previsto na legislação específica do Cade no combate ao cartel. E veio a ser introduzido também na Lei 2.846, que trata do combate à corrupção. É um instrumento dirigido à empresa destinatária dessas penalizações, no sentido de permitir que ela faca uma espécie de colaboração premiada", disse.