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Agronegócio precisa ser mais apoiado, diz vice de Marina

Beto Albuquerque disse que o Ministério da Agricultura foi esvaziado politicamente e em termos orçamentários no governo Dilma


	Marina Silva e Beto Albuquerque: Beto disse não ser ruralista, mas ressaltou que teria "muita honra" em ser
 (Paulo Whitaker/Reuters)

Marina Silva e Beto Albuquerque: Beto disse não ser ruralista, mas ressaltou que teria "muita honra" em ser (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2014 às 14h52.

São Paulo - O vice na chapa de Marina Silva (PSB), Beto Albuquerque, defendeu nesta quarta-feira, 17, que o agronegócio no Brasil "precisa ser tratado com respeito, mais apoiado e menos atacado". Ao participar da série 'Entrevistas Estadão', ele disse que o Ministério da Agricultura foi esvaziado politicamente e em termos orçamentários no atual governo, da presidente Dilma Rousseff (PT). "Um ministro da Agricultura não pode ficar um ano sem falar com a presidente", afirmou.

O vice de Marina também afirmou que a Embrapa foi fragilizada. Beto disse não ser ruralista, mas ressaltou que teria "muita honra" em ser. Afirmou que, em seu Estado de origem, Rio Grande do Sul, as pessoas reconhecem a importância do agronegócio para a economia e para a vida dos brasileiros.

Sobre a polêmica envolvendo o uso dos índices de produtividade como critério para reforma agrária, ponto colocado no programa de governo da candidata, Beto afirmou que a terra tem que exercer sua função social. Mas disse que a ideia da sua plataforma é usar o índice para "premiar" e não para punir.

"O agricultor que não tiver produtividade vai ser desapropriado pelo mercado, não pelo governo", afirmou. Segundo Beto, o índice pode ser usado por exemplo como critério para fornecimento de crédito.

Questionado sobre a meta da candidata de assentar 85 mil famílias, Beto disse que o País não precisa mais dos "litígios do passado". Ele afirmou que a meta é possível, desde que tenha recurso destacado no orçamento.

Com relação ao receio do setor sobre a figura ambientalista de Marina, Beto argumentou ser algo que está se revertendo. "Quando ouvem Marina falar, mudam de ideia. Ela não é a radical que se plantou", disse.

Beto reforçou o argumento da campanha de que a sustentabilidade já foi incorporada pelo setor e de que é possível aumentar a produção por ganhos de produtividade em vez de crescimento da área plantada. "Sustentabilidade e respeito aos direitos humanos estão no gene da sociedade", afirmou.

O vice também reafirmou que a coligação de apoio a Marina já se comprometeu a não alterar o Código Florestal, que foi um projeto criticado pela candidata. "Não há chance no nosso governo de reabrir discussão sobre Código Florestal", afirmou.

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