Agnelo garante efetivo policial nas ruas neste sábado
Governador interveio e garantiu que o efetivo militar retorna às ruas da capital federal a partir deste sábado
Da Redação
Publicado em 31 de janeiro de 2014 às 21h10.
Brasília - Após dois meses com policiais militares em "Operação Tartaruga" e uma elevação dos índices de criminalidade no início de 2014, o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, interveio e garantiu, nesta sexta-feira, 31, que o efetivo militar retorna às ruas da capital federal a partir deste sábado, 1. Só no primeiro mês do ano, foram registrados mais de 70 homicídios em Brasília e cidades satélites - um aumento de 27% na comparação com o mesmo período de 2013, quando 53 pessoas foram assassinadas.
Em duas reuniões com a cúpula da Segurança Pública, Agnelo acertou o retorno do efetivo para as ruas hoje. O comandante-geral da PM, coronel Anderson Carlos de Castro Moura, garantiu que os policiais militares, inclusive de altas patentes, trabalharão todos os dias até que a ordem seja restabelecida nas ruas do DF. A PM afirma ainda que serão instaurados procedimentos disciplinares para apurar e, possivelmente, punir todos os policiais que participaram da Operação Tartaruga, que podem receber de advertência a demissão do cargo que ocupam. A principal reivindicação da categoria é aumento salarial.
Nesta sexta, o governador disse reconhecer o direito de se manifestar, mas sustentou a versão que o governo tem ventilado, ligando a paralisação dos policiais a uma briga política. "A vida é mais importante que a política. Por isso que a PM tem a obrigação de garantir a segurança pública do DF. Nossa PM tem comando. Não podemos admitir, em hipótese alguma, que meia dúzia de pessoas, com atitudes inclusive covardes, possam colocar em risco a segurança do nosso povo. Eles não têm direito de colocar a vida das pessoas em risco", disse Agnelo em pronunciamento à imprensa, referindo-se também a manifestações de alguns integrantes da corporação, que comemoraram o aumento nos índices de criminalidade nos últimos dias.
A motivação política alegada pelo governo local decorre da pretensão de vários membros da segurança local desejarem se lançar candidatos a algum cargo eletivo neste ano, inclusive o secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar, que almeja uma vaga na Câmara Legislativa do DF. Nos bastidores, contudo, fala-se em falta de "liderança" do governador e descumprimento de promessas de campanha feitas em 2010 - na campanha, Agnelo apresentou uma lista com 13 propostas para a Segurança Pública que, reclamam os militares, não foram cumpridas.
A situação no DF fez o governo federal ficar alerta. Hoje, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, se colocou à disposição do GDF. "Se nos for feita solicitação de auxílio, dentro das nossas possibilidades, ela está obviamente deferida. Nós temos colaborado muito com o Estado de Goiás e com o Distrito Federal no entorno", afirmou.
A bancada do DF no Congresso Nacional também vai discutir a situação da segurança em reunião na próxima terça-feira, 4. Por iniciativa do senador Rodrigo Rollemberg (PSB), que deve concorrer ao governo do DF nas eleições deste ano, foram chamados o secretário de segurança, o comandante da PM, representantes da OAB-DF, além de especialistas da Universidade de Brasília (UnB) e associações da categoria. A OAB, inclusive, ameaçou acionar judicialmente o Governo do Distrito Federal pela situação de insegurança, mas recuou diante das medidas anunciadas por Agnelo nesta sexta.
Mesmo com o aumento dos índices de criminalidade no DF em janeiro, a Secretaria de Segurança Pública postou, na última quarta-feira, dia 29 de janeiro, uma notícia em que exalta o fato de o Distrito Federal não aparecer entre as capitais mais violentas do Brasil segundo um estudo da ONG mexicana Conselho Cidadão. A matéria é intitulada "Enquanto capitais brasileiras chegam a registrar 79 homicídios por grupo de 100 mil habitantes, o DF fechou 2013 com uma taxa de 25 mortes por grupo de 100 mil".
Brasília - Após dois meses com policiais militares em "Operação Tartaruga" e uma elevação dos índices de criminalidade no início de 2014, o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, interveio e garantiu, nesta sexta-feira, 31, que o efetivo militar retorna às ruas da capital federal a partir deste sábado, 1. Só no primeiro mês do ano, foram registrados mais de 70 homicídios em Brasília e cidades satélites - um aumento de 27% na comparação com o mesmo período de 2013, quando 53 pessoas foram assassinadas.
Em duas reuniões com a cúpula da Segurança Pública, Agnelo acertou o retorno do efetivo para as ruas hoje. O comandante-geral da PM, coronel Anderson Carlos de Castro Moura, garantiu que os policiais militares, inclusive de altas patentes, trabalharão todos os dias até que a ordem seja restabelecida nas ruas do DF. A PM afirma ainda que serão instaurados procedimentos disciplinares para apurar e, possivelmente, punir todos os policiais que participaram da Operação Tartaruga, que podem receber de advertência a demissão do cargo que ocupam. A principal reivindicação da categoria é aumento salarial.
Nesta sexta, o governador disse reconhecer o direito de se manifestar, mas sustentou a versão que o governo tem ventilado, ligando a paralisação dos policiais a uma briga política. "A vida é mais importante que a política. Por isso que a PM tem a obrigação de garantir a segurança pública do DF. Nossa PM tem comando. Não podemos admitir, em hipótese alguma, que meia dúzia de pessoas, com atitudes inclusive covardes, possam colocar em risco a segurança do nosso povo. Eles não têm direito de colocar a vida das pessoas em risco", disse Agnelo em pronunciamento à imprensa, referindo-se também a manifestações de alguns integrantes da corporação, que comemoraram o aumento nos índices de criminalidade nos últimos dias.
A motivação política alegada pelo governo local decorre da pretensão de vários membros da segurança local desejarem se lançar candidatos a algum cargo eletivo neste ano, inclusive o secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar, que almeja uma vaga na Câmara Legislativa do DF. Nos bastidores, contudo, fala-se em falta de "liderança" do governador e descumprimento de promessas de campanha feitas em 2010 - na campanha, Agnelo apresentou uma lista com 13 propostas para a Segurança Pública que, reclamam os militares, não foram cumpridas.
A situação no DF fez o governo federal ficar alerta. Hoje, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, se colocou à disposição do GDF. "Se nos for feita solicitação de auxílio, dentro das nossas possibilidades, ela está obviamente deferida. Nós temos colaborado muito com o Estado de Goiás e com o Distrito Federal no entorno", afirmou.
A bancada do DF no Congresso Nacional também vai discutir a situação da segurança em reunião na próxima terça-feira, 4. Por iniciativa do senador Rodrigo Rollemberg (PSB), que deve concorrer ao governo do DF nas eleições deste ano, foram chamados o secretário de segurança, o comandante da PM, representantes da OAB-DF, além de especialistas da Universidade de Brasília (UnB) e associações da categoria. A OAB, inclusive, ameaçou acionar judicialmente o Governo do Distrito Federal pela situação de insegurança, mas recuou diante das medidas anunciadas por Agnelo nesta sexta.
Mesmo com o aumento dos índices de criminalidade no DF em janeiro, a Secretaria de Segurança Pública postou, na última quarta-feira, dia 29 de janeiro, uma notícia em que exalta o fato de o Distrito Federal não aparecer entre as capitais mais violentas do Brasil segundo um estudo da ONG mexicana Conselho Cidadão. A matéria é intitulada "Enquanto capitais brasileiras chegam a registrar 79 homicídios por grupo de 100 mil habitantes, o DF fechou 2013 com uma taxa de 25 mortes por grupo de 100 mil".