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Agência permitirá que inovação chegue ao produtor, diz Dilma

Ela citou Código Florestal e disse que atendeu a uma demanda de agropecuaristas, ao retomar o financiamento da pecuária de corte


	Dilma disse que trabalho escravo, sobretudo no campo, é "chaga a ser exterminada"
 (Paulo Fridman/Bloomberg)

Dilma disse que trabalho escravo, sobretudo no campo, é "chaga a ser exterminada" (Paulo Fridman/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 6 de agosto de 2014 às 14h45.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira que a criação da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater) vai permitir que inovações "cheguem rapidamente a cada produtor".

Sobre a agência criada no ano passado, a presidente disse ainda que o Brasil vinha nos últimos 20 anos sem uma política estruturada de assistência técnica para o produtor rural.

Num discurso inicial para produtores rurais em sabatina da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), em Brasília, Dilma defendeu as políticas adotadas por seu governo para o setor rural.

Ela disse que atendeu a uma demanda de agropecuaristas, ao retomar o financiamento da pecuária de corte. Disse, ainda, que seu governo reafirmou a continuidade do Programa de Sustento do Investimento (PSI), mesmo com "alguns pregando o fim dos subsídios" do programa.

"Nas últimas três safras foram mais de R$ 20 bilhões do PSI apenas para o setor rural", afirmou.

Sobre o Código Florestal, cuja aprovação ocorreu em seu governo, a presidente disse que o desafio agora é o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e que o governo criou um mecanismo de registro pela internet que vai facilitar o cadastramento. "Quero reafirmar meu compromisso com ambiente juridicamente seguro com produtor", disse a presidente.

Ela também colocou o tema das demarcações de terras indígenas como outro desafio do país e disse que determinou que o Ministério da Justiça revise as normas e procedimentos que tratam do tema.

Além do mais, ela classificou a existência de trabalho escravo, sobretudo no campo, de "chaga a ser exterminada do país". "Acredito que um avanço nessa direção poderá ser atingido com aprimoramento da legislação."

Dilma colocou também como prioridade aprimorar os mecanismos de seguro agrícola do país. "Vamos avançar ainda mais e asseguro que o governo federal continuará fazendo sua parte para ampliar área coberta pelos seguros".

Dilma concluiu dizendo que houve no país um processo de descasamento entre os investimentos em infraestrutura e a expansão da capacidade produtora do setor agropecuário.

Além da expansão dos mecanismos de seguro, a presidente também disse que o Proagro tem crescido. Ela listou ainda investimentos em infraestrutura, como o aumento da capacidade de armazenagem. "Lançamos um plano quinquenal de armazenagem", disse.

Ela defendeu o aprimoramento da logística de transporte no país, com a integração dos modais rodoviário, ferroviário (foram entregues, disse, 2 mil quilômetros desse modal) e de hidrovias.

Sobre este último modal, ela afirmou que a chave é a utilização dos rios da Amazônia, que pode resultar numa redução de ao menos US$ 30 por tonelada de grão transportado.

Dilma concluiu seu discurso propondo um diálogo sistemático com o produtor rural e lembrou que, nesta safra, os pequenos e médios produtores tiveram crédito disponível de R$ 180 bilhões. "A agropecuária pode contar comigo por mais quatro anos", finalizou.

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