Brasil

Agência estadual isenta Sabesp por redução de pressão

Para a Arsesp, pressões da água inferiores à mínima "podem ser aceitas desde que justificadas técnica e economicamente"


	Alckmin: a agência é controlada pelo governo Alckmin
 (Wilson Dias/Agência Brasil)

Alckmin: a agência é controlada pelo governo Alckmin (Wilson Dias/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2015 às 11h18.

São Paulo - Análise técnica feita pela agência fiscalizadora isenta a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) de distribuir água na região metropolitana com pressão abaixo do definido por norma, conforme o jornal O Estado de S. Paulo revelou em 7 de fevereiro.

Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), a pressão mínima na rede pública de distribuição deve ser de 10 metros de coluna d’água (mca), índice que indica a altura que a água alcança na tubulação.

Com o racionamento feito pela Sabesp por meio da redução da pressão e do fechamento manual da rede, a pressão cai para até 1 mca, segundo admitiu o diretor metropolitano da Sabesp, Paulo Massato, no dia 25 de fevereiro, na CPI da Câmara Municipal.

Até então, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmava que a empresa cumpria "rigorosamente" a norma.

Para a Agência Reguladora de Saneamento e Energia de São Paulo (Arsesp), controlada pelo governo Alckmin, pressões da água inferiores à mínima "podem ser aceitas desde que justificadas técnica e economicamente", como "com as restrições atuais da crise hídrica".

"Importante destacar que a manutenção das redes pressurizadas, mesmo em patamares mínimos até 1 mca, evita a entrada de materiais estranhos na rede que poderiam comprometer a qualidade da água distribuída à população", destaca a Arsesp.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo em fevereiro, um dirigente da Sabesp disse que o fechamento manual da rede pode acabar "despressurizando pontos mais altos" da cidade, o que eleva o risco de contaminação da água por infiltração.

A Arsesp disse que ainda fará neste mês fiscalização de campo para ver se há despressurização na rede da Sabesp.

Já a estatal informou que nos locais onde não há Válvula Redutora de Pressão (VRP) instalada - 55% da rede - é feito "fechamento parcial dos registros, mantendo-se a pressurização mínima na rede".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:ÁguaEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEstado de São PauloEstatais brasileirasSabespSaneamentoServiços

Mais de Brasil

Mais de 600 mil imóveis estão sem luz em SP após chuva intensa

Ao lado de Galípolo, Lula diz que não haverá interferência do governo no Banco Central

Prefeito de BH, Fuad Noman vai para a UTI após apresentar sangramento intestinal secundário

Veja os melhores horários para viajar no Natal em SP, segundo estimativas da Artesp