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Afastamento de Jucá é tratado como irreversível, diz fonte

Apesar de ter anunciado que a saída do ministério como uma “licença”, a situação de Romero Jucá e sua exoneração é tratada como irreversível, segundo uma fonte


	Romero Jucá, do PMDB: a "licença" foi a saída encontrada por Jucá para minimizar o resultado da divulgação da conversa com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado
 (Antonio Cruz/ABR)

Romero Jucá, do PMDB: a "licença" foi a saída encontrada por Jucá para minimizar o resultado da divulgação da conversa com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado (Antonio Cruz/ABR)

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Da Redação

Publicado em 23 de maio de 2016 às 21h10.

Brasília - Apesar de ter anunciado que sua saída do ministério como uma “licença”, a situação de Romero Jucá e sua exoneração --que será publicada no Diário Oficial de terça-feira como “a pedido”-- é tratada como irreversível, segundo uma fonte palaciana.

A "licença" foi a saída encontrada por Jucá para minimizar o resultado da divulgação da conversa com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. Mas, na prática, ao dizer que irá voltar ao Senado, mesmo que provisoriamente, o senador se colocou fora do governo.

Pela manhã, Jucá ainda afirmava que iria continuar no governo e considerava que suas explicações eram suficientes.

Sua saída foi decidida em uma segunda reunião no Palácio do Jaburu, residência oficial do presidente interino Michel Temer, no início da tarde desta segunda-feira, depois que o jornal Folha de S. Paulo colocou no ar os áudios mostrando que, ao contrário do que afirmava Jucá, o ministro não tratava de economia ao falar de “estancar a sangria”.

A avaliação, feita pelo próprio ministro, Temer e outros auxiliares mais próximos, foi de que a situação havia se tornado insustentável, disse à Reuters uma fonte palaciana.

A "licença" --expediente adotado por Itamar Franco quando surgiam denúncias contra seus ministros-- seria a melhor saída.

O caso desta segunda-feira lembrou o episódio envolvendo o ministro-chefe da Casa Civil Henrique Hargreaves no governo Itamar, que assumiu a Presidência devido ao impeachment do presidente Fernando Collor de Mello.

Homem forte do governo, Hargreaves foi acusado de irregularidades na elaboração de emendas ao Orçamento da União na época que assessorava o PFL (antigo nome do DEM). Hargreaves deixou o cargo, mas depois, considerado inocente pela CPI que investigou as irregularidades no Orçamento, foi convidado pelo presidente para reassumir o cargo.

Agora, Dyogo de Oliveira, ex-secretário-executivo do Ministério da Fazenda e atual número 2 do Planejamento ficará como interino até o governo decidir quem colocar no lugar de Jucá.

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