Aeronautas e aeroviários ameaçam greve de advertência na 5ª
Intenção é obter aumentos salariais e chamar atenção para as demissões promovidas neste ano no setor
Da Redação
Publicado em 10 de dezembro de 2012 às 20h00.
Rio de Janeiro - Os aeroviários e aeronautas ameaçam fazer uma greve de advertência na próxima quinta-feira, informaram à Reuters representantes das duas categorias nesta segunda-feira.
Os aeroviários já decidiram pela paralisação, segundo a diretora do Sindicato Nacional da categoria, Graziela Baggio. Os aeronautas também devem aderir ao movimento, de acordo com a presidente do Sindicato Nacional, Selma Balbino.
Aeronautas, que trabalham a bordo das aeronaves, e aeroviários, que são os funcionários em solo, reclamam melhorias salariais e pretendem com o movimento chamar a atenção para as quase 4 mil demissões promovidas esse ano, 3 mil pela Gol e 850 pela extinta Webjet, que foi comprada esse ano pela própria Gol.
"A paralisação afunila uma série de coisas que vem afetando a categoria como salário, mas também estão em jogo as demissões arbitrárias desse ano e a não solução para ex-funcionários da Varig e do Aeros (fundo de pensão da Varig)", declarou Baggio.
Os aeronautas reivindicam aumento de 11,4 por cento e, de acordo com o sindicato, a contrapartida das companhias é de no máximo 2 por cento, abaixo da inflação.
"É algo indesejável que não repõe nem a inflação. É uma insatisfação latente e o setor está sendo muito maltratado", afirmou ela.
Já os aeroviários devem ir pelo o mesmo caminho. Uma votação nos sindicatos locais foi realizada e a confirmação deve acontecer nessa terça-feira com a apuração dos votos.
Os aeroviários pedem aumento de 15 por cento para quem ganha piso salarial e 10 por cento para os demais profissionais.
"Estamos fazendo manifestações nos aeroportos e aqui no Rio conversando com o pessoal, a maioria é pela adesão ao movimento de greve", afirmou Balbino a Reuters pelo telefone.
Segundo os dois sindicatos, na véspera da paralisação, haverá uma reunião com os representantes das empresas para um acordo final.
"A greve foi aprovada, mas no dia 12 haverá uma negociação com o sindicato patronal. É claro que se houver acordo não haverá paralisação. Como vai ser a greve, caso não haja acordo, o tipo de greve, como vai ser, essas coisas, isso tudo vai ser decidido em assembleia no próprio dia 13", disse Baggio.
Se a greve se confirmar, ela voltará a acontecer em dezembro, período de maior demanda nos aeroportos de todo o país. A data base da categoria é em dezembro, mas as discussões foram antecipadas esse ano para o movimento não ser taxado de oportunista pela proximidade das festas de fim de ano, disseram os dois sindicatos.
A previsão da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e do governo federal é de que a demanda cresça cerca de 10 por cento nessa virada de ano e o movimento nos aeroportos seja superior a 17 milhões de passageiros.
"O governo acompanha sempre essa situação; é um setor maduro e o bom senso de atender à população tem prevalecido e, em geral, o final do ano tem sido tranquilo", disse mais cedo no Rio o Secretário Nacional de Aviação Civil, Wagner Bittencourt.
Rio de Janeiro - Os aeroviários e aeronautas ameaçam fazer uma greve de advertência na próxima quinta-feira, informaram à Reuters representantes das duas categorias nesta segunda-feira.
Os aeroviários já decidiram pela paralisação, segundo a diretora do Sindicato Nacional da categoria, Graziela Baggio. Os aeronautas também devem aderir ao movimento, de acordo com a presidente do Sindicato Nacional, Selma Balbino.
Aeronautas, que trabalham a bordo das aeronaves, e aeroviários, que são os funcionários em solo, reclamam melhorias salariais e pretendem com o movimento chamar a atenção para as quase 4 mil demissões promovidas esse ano, 3 mil pela Gol e 850 pela extinta Webjet, que foi comprada esse ano pela própria Gol.
"A paralisação afunila uma série de coisas que vem afetando a categoria como salário, mas também estão em jogo as demissões arbitrárias desse ano e a não solução para ex-funcionários da Varig e do Aeros (fundo de pensão da Varig)", declarou Baggio.
Os aeronautas reivindicam aumento de 11,4 por cento e, de acordo com o sindicato, a contrapartida das companhias é de no máximo 2 por cento, abaixo da inflação.
"É algo indesejável que não repõe nem a inflação. É uma insatisfação latente e o setor está sendo muito maltratado", afirmou ela.
Já os aeroviários devem ir pelo o mesmo caminho. Uma votação nos sindicatos locais foi realizada e a confirmação deve acontecer nessa terça-feira com a apuração dos votos.
Os aeroviários pedem aumento de 15 por cento para quem ganha piso salarial e 10 por cento para os demais profissionais.
"Estamos fazendo manifestações nos aeroportos e aqui no Rio conversando com o pessoal, a maioria é pela adesão ao movimento de greve", afirmou Balbino a Reuters pelo telefone.
Segundo os dois sindicatos, na véspera da paralisação, haverá uma reunião com os representantes das empresas para um acordo final.
"A greve foi aprovada, mas no dia 12 haverá uma negociação com o sindicato patronal. É claro que se houver acordo não haverá paralisação. Como vai ser a greve, caso não haja acordo, o tipo de greve, como vai ser, essas coisas, isso tudo vai ser decidido em assembleia no próprio dia 13", disse Baggio.
Se a greve se confirmar, ela voltará a acontecer em dezembro, período de maior demanda nos aeroportos de todo o país. A data base da categoria é em dezembro, mas as discussões foram antecipadas esse ano para o movimento não ser taxado de oportunista pela proximidade das festas de fim de ano, disseram os dois sindicatos.
A previsão da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e do governo federal é de que a demanda cresça cerca de 10 por cento nessa virada de ano e o movimento nos aeroportos seja superior a 17 milhões de passageiros.
"O governo acompanha sempre essa situação; é um setor maduro e o bom senso de atender à população tem prevalecido e, em geral, o final do ano tem sido tranquilo", disse mais cedo no Rio o Secretário Nacional de Aviação Civil, Wagner Bittencourt.