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Aécio Neves diz que criará superministério da Agricultura

Candidato à Presidência disse que a prioridade zero de seu governo será a redução do custo Brasil

Aécio Neves participa de sabatina na Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (Antônio Cruz/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 6 de agosto de 2014 às 13h57.

Brasília - O candidato à Presidência da República pelo PSDB , Aécio Neves , disse hoje (6) que seu governo vai criar um superministério da Agricultura, incorporando novamente à pasta o Ministério da Pesca e Aquicultura, e equiparando-o aos ministérios da Fazenda e do Planejamento em poder decisório. “[O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento] Terá assento em igualdade de condições ao lado do Ministério da Fazenda e do Planejamento. No meu governo, o ministro da Agricultura não será subordinado ao ministro da Fazenda”, disse Aécio, em sabatina na Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) com os três candidatos mais bem colocados nas pesquisas de intenção de votos.

Aécio disse que a prioridade zero de seu governo será a redução do custo Brasil. “Da porteira para dentro, o Brasil é imbatível. Não há, no mundo, país com setor de agronegócio como o brasileiro. O problema começa da porteira para fora, com falta de logística, de infraestrutura”, declarou. Segundo ele, em sua gestão, “o Ministério da Agricultura será decisivo na formulação de políticas de investimento e infraestrutura”. O candidato, que já anunciou a criação de um Ministério da Infraestrutura, disse que sua gestão fará um “choque” no setor.

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“Foram dez anos demonizando as privatizações, afastando os investidores, querendo regular taxa de retorno. Estamos aí, com os mesmos gargalos de décadas atrás”, discursou Aécio Neves. Segundo o candidato, uma das primeiras medidas de seu governo será a apresentação de um projeto de simplificação do processo tributário, com desoneração dos investimentos e das exportações. “Não haverá qualquer tipo de tributação às exportações agropecuárias no nosso governo”, afirmou o candidato.

Ainda com relação às exportações, o senador mineiro disse que a política externa será “comércio, pragmatismo e não será mais ideologia”. O candidato disse que o Brasil firmou poucos acordos comerciais e criticou a demora da abertura entre os mercados brasileiro e da União Europeia, em função da dependência do país das decisões dos países vizinhos, do Mercosul.

Ao comentar os conflitos relacionados à terra, Aécio disse que, em seu governo, as fazendas invadidas não serão desapropriadas por dois anos. “Respeitamos o direito de propriedade e vamos atuar para que os assentamentos que ocorreram no Brasil, ou que venham a ocorrer, sejam geradores de renda", defendeu. Com relação à demarcação de terras indígenas, o candidato disse que sua intenção é envolver outros atores no processo além da Fundação Nacional do Índio (Funai) e seguir o entendimento da súmula do Supremo Tribunal Federal (STF) editada em resposta ao conflito na terra índigena Raposa Serra do Sol.

Sobre o Código Florestal, Aécio Neves disse que pretende, se eleito, avançar na implantação do Cadastro Ambiental Rural. “Considero o código um pacto entre produção e meio ambiente. Foi positivo, porque ninguém ficou totalmente satisfeito com ele. Exatamente porque foi um pacto. Isso demonstra que houve equilíbrio”, avaliou.

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