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Aécio defende extinção do Ministério da Pesca

Segundo ele, a escolha de Ideli Salvatti para o Ministério das Relações Institucionais expôs a falta de importância do Ministério das Pesca

Aécio Neves após o discurso de despedida de Gleisi Hoffman (Wilson Dias/ABr)

Aécio Neves após o discurso de despedida de Gleisi Hoffman (Wilson Dias/ABr)

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Da Redação

Publicado em 19 de julho de 2012 às 15h03.

São Paulo - O senador Aécio Neves (PSDB-MG) defendeu hoje que a presidente Dilma Rousseff acabe com o Ministério da Pesca. Segundo ele, a forma como foi conduzida a substituição de Antonio Palocci na Casa Civil e a escolha de Ideli Salvatti para o Ministério das Relações Institucionais expôs a falta de importância do Ministério das Pesca. "Estamos assistindo o PT criar espaços para abrigar companheiros", afirmou. De acordo com ele, a decisão mais acertada a ser tomada por Dilma é dar fim ao ministério.

"O caminho muito mais firme seria fazer políticas efetivas para garantir a sobrevivência dos pescadores no País que certamente estão muito mais preocupados com isso do que com o Ministério da Pesca", afirmou, ao chegar para o jantar de 80 anos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, na Sala São Paulo, na capital paulista. Sobre a escolha de Ideli Salvatti para as Relações Institucionais, Aécio disse esperar que o governo tenha aprendido a lição e que saiba respeitar as minorias. "Espero que a experiência de Ideli no Senado ajude o governo a compreender que a negociação é o caminho mais curto e mais adequado que o tratoraço que tem sido a marca dos primeiros meses desse governo", afirmou o senador.

Presente ao mesmo evento, o senador Aloisio Nunes Ferreira (PSDB-SP) disse que só poderá ser feita uma avaliação da escolha de Ideli Salvatti para as Relações Institucionais a partir do momento que for feito um balanço de sua atuação no Ministério da Pesca, onde ela atuou desde 1º de janeiro. "Nós vamos saber no discurso de transmissão de cargo, onde ela provavelmente fará um balanço (de sua atuação)", disse.

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, que também participa da festa, minimizou o fato de a presidente Dilma ter alterado dois ministros em cargos de confiança no primeiro semestre do seu governo. Na avaliação dele, o atual momento é para que se vire a página sobre a saída de Palocci e torcer para que o governo federal encontre o seu rumo. "Os cargos de confiança são de confiança. Mas não há governo que, no seu decorrer, não tenha troca de cargo", disse Kassab. "É evidente que são dois cargos importantes que foram alterados, mas que seja uma página virada", acrescentou.

Por sua vez, o presidente do Instituto Teotônio Vilela, o ex-senador tucano Tasso Jereissati, ressaltou a experiência parlamentar da nova ministra que poderá ajudar nas negociações entre o governo e o Congresso Nacional. "Não sei se ela tem temperamento para isso, mas experiência ela tem. No passado, ela gostava muito de brigar. Mas, com o tempo, talvez tenha amadurecido", afirmou Jereissati.

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