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Aécio condiciona diálogo a investigações na Petrobras

Tucano voltou a criticar a campanha de Dilma durante seu primeiro discurso depois da eleição


	Senador Aécio Neves: "agora os que foram intolerantes durante 12 anos falam no diálogo", disse o tucano
 (George Gianni/PSDB)

Senador Aécio Neves: "agora os que foram intolerantes durante 12 anos falam no diálogo", disse o tucano (George Gianni/PSDB)

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Da Redação

Publicado em 5 de novembro de 2014 às 16h41.

O senador Aécio Neves (PSDB-MG), derrotado no segundo turno da eleição presidencial, condicionou em discurso no Senado nesta quarta-feira o diálogo com o governo da presidente Dilma Rousseff às investigações sobre as denúncias de corrupção na Petrobras.

O tucano, que fez seu primeiro discurso depois da eleição do último dia 26, voltou a criticar a campanha de Dilma que teve, segundo ele, como principal arma "a mentira" e disse que o projeto de Brasil que defende "está mais vivo do que nunca".

"Agora os que foram intolerantes durante 12 anos falam no diálogo", disse o tucano no discurso. "Pois bem, qualquer diálogo estará condicionado ao envio de propostas que atendam aos interesses dos brasileiros", afirmou.

"E principalmente... qualquer diálogo tem que estar condicionado especialmente ao aprofundamento das investigações e exemplares punições àqueles que protagonizaram o maior escândalo de corrupção da história desse país, já conhecido como petrolão", disse o senador, em uma referência ao suposto esquema de desvio de recursos da Petrobras a partidos e políticos da base aliada.

Aécio disse também que entende a democracia como "um valor absoluto", depois de manifestantes chegarem a pedir o impeachment de Dilma e uma intervenção militar no último fim de semana, mas disse que a vitória do PT nas eleições presidenciais gerou "um grande sentimento de frustração" entre os que desejavam mudança.

Ele também aproveitou para criticar Dilma por estar, de acordo com ele, "fazendo aquilo que disse que não faria".

Aécio lembrou a elevação da taxa básica de juros três dias depois da eleição, além de indicadores econômicos desfavoráveis divulgados após o pleito, como o déficit público e uma balança comercial desfavorável.

"Quem falou a verdade foi taxado de pessimista e de ser contra o Brasil", afirmou. "Faremos uma oposição incansável, inquebrantável, intransigente na defesa dos interesses do povo brasileiro."

Aécio, que busca preencher o posto de principal líder da oposição depois de obter 51 milhões de votos no segundo turno da eleição presidencial, disse que uma reforma política precisa necessariamente ser aprovada pelo Congresso para só depois ser submetida a referendo.

Dilma chegou a defender que a reforma política fosse feita por meio de um plebiscito, por meio do qual a população definiria no voto os pontos a serem modificados.

O tucano fez questão também de citar em sua fala a família do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, morto em um acidente aéreo em agosto quando era candidato à Presidência pelo PSB, além de Marina Silva, que assumiu a candidatura do PSB após a morte de Campos.

Tanto Marina quanto a família de Campos apoiaram Aécio no segundo turno da eleição presidencial.

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