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Aécio acusado; Barroso e as drogas…

Calicute nas ruas Mais uma etapa da operação Calicute, um desdobramento da Lava-Jato no Rio, está nas ruas nesta quinta-feira. Os agentes estão cumprindo mandados de busca e apreensão em dez endereços. O principal alvo é Ari Ferreira da Costa Filho, ex-assessor especial de Sérgio Cabral, que teve um mandado de prisão preventiva expedido pelo […]

PROTESTO NO RIO: votação do pacote de austeridade deve ficar para terça-feira 7 / Ricardo Moraes / Reuters
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Da Redação

Publicado em 2 de fevereiro de 2017 às 05h57.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h55.

Calicute nas ruas

Mais uma etapa da operação Calicute, um desdobramento da Lava-Jato no Rio, está nas ruas nesta quinta-feira. Os agentes estão cumprindo mandados de busca e apreensão em dez endereços. O principal alvo é Ari Ferreira da Costa Filho, ex-assessor especial de Sérgio Cabral, que teve um mandado de prisão preventiva expedido pelo juiz Marcelo Bretas. Ele seria operador financeiro do esquema de corrupção do ex-governador e é acusado de lavagem de dinheiro.

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Aécio acusado

O ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura, Benedicto Júnior, afirmou em sua delação premiada à operação Lava-Jato que se reuniu com o senador Aécio Neves (PSDB-MG) para tratar de favorecimento a grandes empreiteiras nas licitação da Cidade Administrativa, em Minas. A informação é do jornal Folha de S. Paulo. A reunião aconteceu, segundo o relator, quando Aécio governava o estado. As propinas, segundo Benedicto Júnior, ficaram entre 2,5% e 3% e foram acertadas com Oswaldo Borges da Costa Filho. Aécio, em nota, repudiou o relato e defendeu o fim do sigilo sobre as delações.

Barroso e as drogas

O ministro Luís Roberto Barros, do Supremo Tribunal Federal, defendeu ontem a legalização de produção, distribuição e consumo da maconha como uma forma de aliviar a crise do sistema carcerário brasileiro, informa o jornal O Globo. O ministro foi além: se der certo com a maconha, a estratégia deveria ser repetida com a cocaína para “quebrar o tráfico mesmo”. As declarações foram feitas com referência a um caso que começou a ser julgado em 2015 e foi interrompido no ano passado por pedido de vistas.

O relator sai hoje?

O ano começou intenso no Judiciário. Antes mesmo da abertura dos trabalhos, uma indefinição sobre a escolha do novo relator da Lava-Jato acirrou os ânimos na corte. Era dada como certa a ida de Edson Fachin para a segunda turma, e sua consequente entrada na disputa pela relatoria do maior escândalo de corrupção do país. Mas, em entrevista, o ministro Marco Aurélio Mello afirmou que, por antiguidade, deveria ter ele mesmo a opção de migrar de turma, e que não havia sido consultado no processo. O fato é que a migração de Fachin depende que, além de Marco Aurélio, outros três ministros abram mão de entrar na segunda turma — Luiz Fux, Rosa Weber e Luís Roberto Barroso. No melhor cenário, a escolha do novo relator deve sair hoje.

Eunício no Senado

O senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), líder do governo na Casa, foi eleito presidente do Senado nesta quarta-feira com 61 dos 81 votos. Uma de suas promessas, caso eleito, é distribuir cargos respeitando o tamanho de cada bancada. O senador, que tem empresas no ramo de vigilância, limpeza e transporte de valores, acumula uma fortuna de 99 milhões de reais. Durante o exercício de suas funções públicas, as empresas de Eunício fecharam contratos com o governo que somam pagamentos de mais de 700 milhões de reais até 2019. Em nota ao jornal O Povo, do Ceará, o senador respondeu que está afastado das funções gerenciais das empresas desde 1998 e que os negócios foram conquistados por meio de licitações. Ele também foi citado em delação da Odebrecht na Operação Lava-Jato com o codinome “Índio”.

Jucá contra o sigilo

O senador Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo no Congresso, deve apresentar, até a sexta-feira 3, um projeto de lei que acaba com o sigilo em investigações criminais, de acordo com o serviço de notícias Broadcast, do Estadão. A ideia é que a proposta valha inclusive para as delações premiadas, e Jucá defende que sejam divulgadas de uma só vez as delações dos 77 executivos da Odebrecht para evitar que a agenda do governo fique paralisada pelo conteúdo dos textos. Na segunda-feira, a ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo, homologou as delações da empreiteira, mas manteve o sigilo.

Tempo quente na Alerj

O dia foi de intensos protestos na abertura do ano na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Manifestantes de movimentos sindicais enfrentaram a tropa de choque da Polícia Militar nos arredores do prédio da Alerj. Os manifestantes atiraram pedras e rojões contra a PM, que revidou com balas de borracha e gás lacrimogênio. Um ônibus foi incendiado. Dentro da Alerj, o deputado estadual Jorge Picciani (PMDB) foi reeleito para a presidência da Casa e conduzirá a votação das medidas de ajuste fiscal programadas para serem votadas na próxima terça-feira. No pacote, estão a privatização de estatais e um empréstimo de 3,5 bilhões de reais para pagar servidores.

O quadro de Marisa

O estado de saúde da ex-primeira-dama Marisa Letícia se agravou na tarde desta quarta-feira. Ela sofreu de anisocoria, caracterizada pelo tamanho desigual das pupilas. A condição mostra que uma região importante do tronco cerebral pode estar sofrendo com hemorragia. Pela manhã, os médicos já haviam constatado uma piora na inflamação cerebral. O problema é provocado pelo que se chama na medicina de hiperemia (aumento da quantidade de sangue circulante em determinado local), como foi no caso do AVC de Marisa. A ex-primeira-dama sofreu um acidente vascular cerebral na terça-feira 24 e, desde então, está internada no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo.

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Cautela no Fed

Em sua primeira reunião após a posse do presidente Donald Trump, o conselho do Fed, banco central dos Estados Unidos, decidiu por unanimidade manter intactas as taxas de juro americanas, hoje entre 0,5% e 0,75%. O comunicado após os dois dias de reunião ressalta que o mercado de trabalho tem bons números — com apenas 4,7% de desemprego —, a inflação está quase chegando à meta de 2% e “o sentimento de consumidores e empresários melhorou”. Mas é fato que a instituição ainda aguarda os impactos dos planos políticos e econômicos da gestão Trump. Em dezembro, o Fed elevou a taxa de juro pela segunda vez em uma década e disse prever pelo menos três outros aumentos ao longo deste ano.

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As ligações de Trump

O presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, teria sido “humilhado” em sua conversa com Donald Trump na última sexta-feira 27, segundo a Forbes. Trump teria dito frases como “eu não preciso do México”, “vamos construir o muro e você vai pagar por ele, goste ou não” e teria reclamado da falta de eficiência do governo mexicano em combater o narcotráfico do país, ameaçando enviar tropas americanas para lidar com o caso. Os porta-vozes de México e Estados Unidos haviam classificado a conversa como “amigável”. Trump também teve uma discussão áspera com o primeiro ministro da Austrália, Malcolm Turnbull. Um acordo de ressentimento de refugiados entre os dois países foi o tema das divergências. A conversa, que deveria durar uma hora, foi interrompida por Trump após 20 minutos.

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