Martelo e caneta: após ser detido, a advogado foi autuado por homicídio simples (SXC)
Da Redação
Publicado em 9 de junho de 2016 às 15h46.
Bauru (SP) - Depois de levar uma "gravata" do pecuarista João Antônio Padula, de 53 anos, com quem discutiu por causa de uma ação, o advogado Clayton Colavite, de 32, reagiu e matou o cliente com uma caneta e um martelinho na noite de quarta-feira, 8, em Jales, no noroeste de São Paulo.
O advogado deu uma canetada no pescoço e uma martelada na cabeça da vítima. O crime aconteceu à noite no escritório do advogado.
"Eles discutiram, e o pecuarista avançou sobre o advogado, que levou uma 'gravata' e reagiu atacando o Padula com uma caneta com ponta de metal, que deve ter atingido uma veia do pescoço", afirmou o delegado operacional Sebastião Biazi, da Polícia Civil de Jales.
O pecuarista, ex-vereador em São Francisco, também levou uma martelada na cabeça. "O advogado usou um martelinho de enfeite de mesa", explicou o policial, lembrando que a vítima era um homem forte e não teve dificuldade para dominar o advogado de baixa estatura.
Após ser detido, Colavite foi autuado por homicídio simples. Depois de explicar que nunca tinha visto alguém morrer vítima de canetada, o delegado contou que o advogado ficou em estado de choque.
"Ele não teve nenhuma reação e, por volta das 2h30 desta quinta-feira, 9, familiares ligaram para o escritório preocupados. Depois, eu e outro policial fomos ao escritório", explicou Biazi, que viu "muito sangue" no local.
Legítima defesa
Ao depor na Central de Polícia Judiciária de Jales, o advogado alegou legítima defesa. Ele foi autuado por homicídio simples, cuja pena é de seis a 12 anos de prisão. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) regional acompanha o caso.