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Advogado de Lula critica "rapidez" do Tribunal da Lava Jato

"Tribunal levou 40 dias, ao contrário da rapidez com que julgou, para intimar o MP pra responder (aos recursos)", disse Sepúlveda

Lula: ex-presidente foi condenado em segunda instância a 12 anos e um mês pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex no Guarujá (Patrícia Monteiro/Bloomberg)

Lula: ex-presidente foi condenado em segunda instância a 12 anos e um mês pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex no Guarujá (Patrícia Monteiro/Bloomberg)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 11 de junho de 2018 às 21h08.

Brasília - O ex-ministro Sepúlveda Pertence, advogado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, disse nesta segunda-feira, 11, que o petista está sofrendo uma "injustiça".

Sepúlveda criticou o fato de o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) ter levado um tempo similar (cerca de 42 dias) para analisar a condenação imposta pelo juiz federal Sérgio Moro e enviar a notificação do Ministério Público Federal para se manifestar sobre a admissão de recursos da defesa aos tribunais superiores.

"O tribunal levou 40 dias, ao contrário da rapidez com que julgou, para intimar o Ministério Público pra responder (aos recursos). A velocidade varia conforme o ato", disse Sepúlveda, após audiência com o ministro Edson Fachin no Supremo Tribunal Federal (STF).

Lula foi condenado em segunda instância a 12 anos e um mês pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex no Guarujá.

A defesa do ex-presidente, preso há pouco mais de dois meses em Curitiba (PR), entrou no dia 5 de junho com um novo pedido de liberdade no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Superior Tribunal de Justiça (STJ). A petição é para que as cortes suspendam os efeitos da condenação no caso do triplex no Guarujá até que julguem no mérito os recursos extraordinário (analisado no STF) e especial (no STJ).

Os recursos, contra a condenação que resultou na prisão de Lula, ainda precisam ser admitidos pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), que já rejeitou a concessão de efeito suspensivo no caso.

"O nosso cliente está sofrendo uma injustiça e uma prisão que se diz confortável, mas nunca é confortável uma prisão em solitária, como ele está. E injusta", disse Sepúlveda Pertence.

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