Brasil

Acordo com consórcio do Maracanã não avança, diz secretário

Segundo ele, outras empresas já demonstraram interesse, caso o contrato não seja mantido com os atuais administradores


	Vista do Maracanã após a reforma: “Como há um certo impasse na conclusão desta relação, algumas empresas têm procurado o estado, mas não abrimos nenhuma negociação ainda"
 (Divulgação/ Consórcio Maracanã 2014)

Vista do Maracanã após a reforma: “Como há um certo impasse na conclusão desta relação, algumas empresas têm procurado o estado, mas não abrimos nenhuma negociação ainda" (Divulgação/ Consórcio Maracanã 2014)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de outubro de 2015 às 10h24.

O governo do Rio aguarda o fim das negociações com o consórcio Maracanã, responsável pela administração do estádio, mas os entendimentos não avançaram, informou hoje (30) o secretário da Casa Civil, Leonardo Espíndola.

A empresa Odebrecht  tem a maior participação no consórcio. Segundo ele, outras empresas já demonstraram interesse, caso o contrato não seja mantido com os atuais administradores.

“Como há um certo impasse na conclusão desta relação, algumas empresas têm procurado o estado, mas não abrimos nenhuma negociação ainda, porque não há posição por parte da concessionária no sentido de sair da operação. Queremos que a concessionária continue. É um grande grupo, que tem trabalhado bem no Maracanã”, disse.

O secretário afirmou que se houver alguma manifestação da concessionária em romper o contrato, o governo vai buscar um novo parceiro no mercado, disposto a assumir o Maracanã com as obrigações do contrato.

Espíndola destacou, no entanto, que não há possibilidade de o Estado voltar a administrar o Maracanã.

“O estádio vai continuar com a iniciativa privada. para que o Estado possa se dedicar efetivamente às atividades importantes para a população, que são segurança, saúde e educação. Na operação com o Maracanã é importante que tenhamos um estádio adequado, que seja mantido com qualidade, porque é um equipamento público. Mas o Estado voltar a operar o Maracanã está fora de qualquer cogitação”, assegurou.

O secretário admitiu que é necessário fazer um novo termo aditivo ao contrato, porque o governo desistiu da demolição do estádio de atletismo Célio de Barros e do Parque Aquático Júlio Delamare, onde seriam construídos um shopping e um estacionamento para o Complexo Maracanã.

“Temos que concluir, porque existe um desequilíbrio que foi verificado quando houve a mudança de escopo, quando nós, por determinação do próprio governo do estado, afastamos a possibilidade de demolição do Célio de Barros e do Julio Delamare. Isso é uma negociação pública, mas não temos chegado ao entendimento quanto às cláusulas que vão vigorar neste novo termo aditivo”, esclareceu.

Espíndola disse que até agora o governo do Rio não foi informado sobre o afastamento da concessionária.

Ele lembrou que a interrupção das atividades do estádio durante o período das Olimpíadas, para as cerimônias de abertura e encerramento da competição, também não pode ser alegada como prejuízo pela empresa, porque já fazia parte do contrato.

“Isso já era previsto na licitação. A concessionária já sabia que o Maracanã ficaria fechado por um bom período. Não há nenhum fato novo que possa ser alegado pela concessionária, de  desconhecimento”, analisou.

De acordo com o secretário, não há prazo definitivo para concluir as negociações, mas o governo estadual tem trabalhado para encaminhar o processo da maneira mais célere possível.

“O estado tem todo interesse em pacificar esta relação o quanto antes, mas o fundamental é que não está havendo nenhum prejuízo para a população”, garantiu.

Leonardo Espíndola participou do encerramento dos dois dias da 8ª Rodada de encontros de avaliação e acompanhamento dos Jogos Paralímpicos, na sede do Comitê Rio 2016, na Cidade Nova, região central da cidade, que reuniu representantes da prefeitura do Rio, do governo do estado e do governo federal, com a presença do chefe-executivo do IPC, Xavier Gonzalez, e do diretor-geral do Comitê Rio 2016, Sidney Levy.

O secretário disse que a adesão de empresas ao programa de incentivos fiscais, definidos pelo governo estadual, para a realização de projetos olímpicos, chegou perto dos R$ 300 milhões conforme estava previsto, com a aprovação da legislação. Ele informou que houve adesão de grandes empresas de distribuição de energia, de telefonia e de varejo.

“As perspectivas eram de R$ 300 milhões. Chegamos perto disso. O prazo termina hoje, e entendemos que pode ser prorrogado até o primeiro dia útil seguinte. Mas pelas informações do diretor- geral da Rio 2016, Sidney Levy, a adesão das empresas foi acima das nossas expectativas. Vamos conseguir cumprir com êxito essas nossas obrigações”, revelou.

A participação do setor privado permite que os investimentos públicos sejam reduzidos, mas ainda assim, se houver déficit no orçamento, o valor será coberto pelo governo do estado, disse o secretário.

“Vamos conversar com a Rio 2016, se houver necessidade, porque, obviamente, sabemos que o estado é responsável em eventual déficit na Rio 2016, que não trabalha com esta possibilidade. As contas estão bem organizadas, mas o compromisso do governador Luiz Fernando Pesão, entendemos que está cumprido integralmente."

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasEsportesEstádiosMaracanãMetrópoles globaisOlimpíadasRio de Janeiro

Mais de Brasil

Mais de 600 mil imóveis estão sem luz em SP após chuva intensa

Ao lado de Galípolo, Lula diz que não haverá interferência do governo no Banco Central

Prefeito de BH, Fuad Noman vai para a UTI após apresentar sangramento intestinal secundário

Veja os melhores horários para viajar no Natal em SP, segundo estimativas da Artesp