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Veja tudo que aconteceu no debate presidencial da Rede TV!

A mediação é de Boris Casoy, Mariana Godoy e Amanda Klein e participam oito candidatos

Debate presidencial na RedeTV!: Geraldo Alckmin e Ciro Gomes se enfrentam (Facebook/RedeTV!/Divulgação)

Debate presidencial na RedeTV!: Geraldo Alckmin e Ciro Gomes se enfrentam (Facebook/RedeTV!/Divulgação)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 17 de agosto de 2018 às 21h42.

Última atualização em 18 de agosto de 2018 às 01h22.

São Paulo - O segundo debate presidencial das eleições de 2018 aconteceu nesta sexta-feira (17), um dia após o início oficial da campanha.

A realização foi da Rede TV! em parceria com a revista Istoé, com mediação dos jornalistas Boris Casoy, Mariana Godoy e Amanda Klein.

Participaram 8 candidatos: Álvaro Dias (Podemos), Cabo Daciolo (Patriota), Geraldo Alckmin (PSDB), Marina Silva (Rede), Jair Bolsonaro (PSL), Guilherme Boulos (PSOL), Henrique Meirelles (MDB) e Ciro Gomes (PDT).

Eles responderam a perguntas de jornalistas, dos outros candidatos e também enviadas pela população, sobre temas como orçamento, educação, aborto, corrupção e desemprego.

O formato foi mais flexível do que no debate anterior, realizado na última quinta-feira (09) na Bandeirantes, já que desta vez os candidatos iam ao centro do palco quando eram convocados para confrontos diretos.

Um dos momentos mais tensos foi entre Jair Bolsonaro e Marina Silva. Ele perguntou sobre armamento e ela retomou uma resposta do candidato sobre diferença salarial entre mulheres, dizendo que não se pode fazer vista grossa para o tema e que o papel do presidente é reparar injustiças.

“Temos aqui uma evangélica que defende um plebiscito para aborto e maconha e quer agora defender a mulher”, retrucou Bolsonaro.

“Você acha que pode resolver tudo no grito, na violência (...) Você é um deputado, você é pai de família, você um dia desses pegou a mãozinha de uma criança e ensinou como é que se faz para atirar", disse Marina, citando passagem da Bíblia.

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Veja o que aconteceu:

0h20 - Termina o debate


0h16 - Alckmin e Boulos falam dos "50 tons de Temer"

Alckmin usou suas considerações finais para fazer uma referência aos "50 tons de Temer", termo usado por Boulos para associar alguns candidatos às políticas do governo atual:

“40 desses tons são vermelhos, é do PT e seus aliados, porque foi ele que escolheu o Temer de vice da Dilma e escolheu duas vezes”, disse o ex-governador.

Boulos respondeu que “parece que a carapuça de 50 tons de Temer serviu ao Geraldo Alckmin, não por acaso”.

Marina avaliou que "todos nos esforçamos para apresentar propostas, ou pelo menos a maioria de nós” e defendeu “que nenhuma mulher seja subestimada".


0h07 - Começa o último bloco do debate com considerações finais dos candidatos

A equipe afirmou que Bolsonaro pediu direito de resposta por ter sido chamado de "milionário" por Guilherme Boulos, mas o pedido foi negado.


23h55 - Marina Silva e Jair Bolsonaro fazem embate sobre violência e religião

Jair Bolsonaro perguntou para Marina Silva sobre posse de armas e ela voltou para o que o candidato disse sobre a questão da diferença salarial entre homens e mulheres.

“Só uma pessoa que não sabe o que significa uma mulher ganhar um salário menor que um homem" e ser “a primeira ser demitida e a última a ser promovida” pode diminuir a relevância da questão, disse ela.

“Quando se é presidente da república, tem que fazer cumprir o Artigo V da Constituição que diz que nenhuma mulher deve ser discriminada”, completou.

“Temos aqui uma evangélica que defende um plebiscito para aborto e maconha e quer agora defender a mulher”, retrucou Bolsonaro, e repetiu a defesa da castração química para estupradores.

“Você acha que pode resolver tudo no grito, na violência (...) Você é um deputado, você é pai de família, você um dia desses pegou a mãozinha de uma criança e ensinou como é que se faz para atirar. Você sabe o que a Bíblia diz sobre ensinar uma criança? Ensina a criança no caminho em que deve andar e até quando for grande não se desviará do caminho", respondeu Marina.


23h45 - Álvaro Dias pergunta a Meirelles sobre corrupção

Álvaro Dias perguntou o que Henrique Meirelles fez contra a corrupção em sua vida pública. O ex-ministro disse que o combate a corrupção tem que começar pelo exemplo da conduta:

“Nunca houve sequer uma suspeita ou escândalo ou acusação” contra mim, disse Meirelles, se declarando favorável à Operação Lava Jato.


23h40 - Ciro compara palco a um ringue

Ciro Gomes chamou Geraldo Alckmin para uma pergunta: “Não me leve a mal mas precisamos esclarecer algumas diferenças”.

Ele completou com uma brincadeira: "Te convido ao palco, para não dizer ringue”.


23h36 - Candidatos perguntam a outros candidatos

Neste bloco, os candidatos perguntam para um candidato de sua escolha e ambos se dirigem ao centro do cenário.

Meirelles perguntou sobre declarações de Bolsonaro, em ocasiões anteriores, de que mulher deve ganhar menos do que homens, e sobre a falta deste tema em seu programa de governo.

Bolsonaro disse que “é mentira” que tenha defendido essa ideia em algum momento e que isso é uma tentativa de jogar as mulheres contra ele. Ele repetiu que o governo não pode interferir na iniciativa privada e que sua proposta é apenas "cumprir a lei".


23h21 - Álvaro Dias responde sobre conciliar promessas com corte de gastos

Perguntado sobre como conciliar seu plano de educação integral universal até 2022 com a promessa de um corte transversal de 10% nas despesas, Álvaro Dias disse que “falta de dinheiro na educação é blablablá” porque o que falta é gestão, competência e honestidade.

Ele citou como exemplo para seu governo as experiências de “limitadores emergenciais de despesa” realizadas por Angela Merkel na Alemanha e Barack Obama nos Estados Unidos.

Boulos repetiu que “o problema do Brasil não é falta de dinheiro”, é onde ele está aplicado, prometendo acabar com “bolsa banqueiro e bolsa empresário” para trazer dinheiro para a educação, também suspendendo a cobrança do FIES por um ano para que os beneficiários reorganizem suas contas.

Henrique Meirelles foi perguntado sobre quais práticas ele testemunhou no governo de Michel Temer e que não repetiria em sua gestão.

Ele citou o “loteamento de cargos” e disse que vai escolher pessoas para a sua equipe por critérios técnicos e de experiência.


23h09 - Marina Silva defende reforma da Previdência

Perguntada pelo jornalista sobre a trajetória rápida de envelhecimento da população brasileira, Marina Silva disse que “a reforma da Previdência é necessária” e que defende desde 2010 a transição para um regime de capitalização, mas que “isso não é algo que se faça com facilidade”.


23h07 - Jornalistas perguntam para candidatos

Nesta rodada, jornalistas perguntam para um candidato com comentário de outro candidato. Ambos se dirigem ao centro do estúdio.

Reinaldo Azevedo perguntou para Bolsonaro sobre rolagem da dívida e Orçamento e ele falou de diminuir o tamanho do Estado, privatizar e diminuir encargos trabalhistas para que “patrões e empregados sejam amigos e não inimigos”.


22h43 - Candidatos se confrontam no meio do estúdio

Na segunda rodada, os candidatos escolhem para quem fazem a pergunta e ambos se encaminham para o centro do estúdio.

Ciro Gomes perguntou a Geraldo Alckmin sobre o PEC do Teto, que classificou de “imoral e antipopular”. O ex-governador disse que não teve PEC do Teto em São Paulo e mesmo assim ele fez superávit:

“O dinheiro vai sempre ser apertado”, disse Alckmin, destacando que “governar é escolher” e que suas prioridades serão educação, saúde e segurança pública.

Henrique Meirelles perguntou para Bolsonaro sobre seu plano para enfrentar o desemprego pois “não se cria emprego no grito”.

Bolsonaro criticou as gestões do PT e do PSDB. Confrontado por Meirelles sobre os milhões de empregos criados no governo Lula, quando o candidato do MDB esteve à frente do Banco Central, Bolsonaro disse que foram “empregos criados para corruptos”.

Boulos perguntou para Henrique Meirelles sobre fisiologismo, dado o histórico do MDB no governo.

Meirelles disse que sempre teve indicações técnicas nos cargos de liderança que ocupou, citando o termo "time dos sonhos" usado na imprensa e no mercado financeiro para classificar a equipe econômica que ele formou no Ministério da Fazenda.

Boulos retrucou que “o time dos sonhos virou o time do pesadelo".


22h24 - Candidatos respondem a uma pergunta aleatória lacrada

Na segunda rodada, os candidatos escolhem um envelope fechado com uma pergunta enviada pela população.

A primeira pergunta foi para Henrique Meirelles, sobre construção civil, e ele falou sobre fazer políticas econômicas corretas para reconstruir o setor.

Marina Silva, perguntada sobre o desemprego, prometeu construir 1,5 milhão de casas com placas solares e apostar em uma economia criativa que valoriza seus ativos culturais, além de ciência, tecnologia e turismo.

Álvaro Dias, perguntado sobre a alta quantidade de empresas fechada pela crise, falou em ajuste fiscal e garantia de crédito, além da melhora do ambiente de negócios via reforma tributária.

Guilherme Boulos respondeu sobre o pré-sal e disse que vai recuperar a soberania nacional, criticando as políticas do governo Temer para a área.

Geraldo Alckmin foi perguntado sobre o fundo partidário e falou da necessidade de diminuir o número de partidos através de uma reforma política.

Ciro Gomes disse que não se pode pedir sacrifício da população e citou as aposentadorias das quais abriu mão em relação a seus cargos públicos anteriores.

Jair Bolsonaro, perguntado sobre a melhora da educação infantil, falou que no seu tempo os estudantes tinham disciplinas como química, matemática e física e hoje elas aprendem sobre ideologia de gênero, além do professor ter perdido autoridade.

Cabo Daciolo, perguntado sobre insegurança pública, falou de segurança das fronteiras e sobre os “engravatados” que ganham com a violência nas favelas.


22h12 - Candidatos respondem porque querem ser presidente

Na primeira rodada, os candidatos foram convocados a responder porque querem ser presidente.

“Eu não sou político, eu sempre trabalhei em empresas”, disse Henrique Meirelles, alegando que corrigiu “a bagunça criada pela Dilma”.

Jair Bolsonaro disse que o Brasil precisa “afastar de vez o fantasma do comunismo” com um presidente que não negocia “ministérios, estatais e bancos públicos”.


22h05 - Começa o debate

Começa o debate e os candidatos são apresentados. Mariana Godoy cita que por decisão das candidaturas, o púlpito reservado ao PT foi retirado. A única objeção foi do candidato do PSOL, Guilherme Boulos.

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