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Ações conjuntas (e lentas)

Dentre as poucas certezas inquestionáveis para a resolução dos problemas prisionais brasileiros está a necessidade de trabalho conjunto entre o governo federal e os estados. Parece óbvio, mas ao longo da semana passada o que se viu foram os dois lados tentando jogar a responsabilidade no colo alheio. A boa notícia: no fim de semana […]

ALEXANDRE DE MORAES EM MANAUS: reunião com estados para conter a crise carcerária apenas no dia 17 / Divulgação
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Da Redação

Publicado em 9 de janeiro de 2017 às 05h34.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h31.

Dentre as poucas certezas inquestionáveis para a resolução dos problemas prisionais brasileiros está a necessidade de trabalho conjunto entre o governo federal e os estados. Parece óbvio, mas ao longo da semana passada o que se viu foram os dois lados tentando jogar a responsabilidade no colo alheio. A boa notícia: no fim de semana uma série de ações conjuntas começou a tomar forma.

Depois de mais uma rebelião em Manaus, que elevou o número de mortos na região Norte para 100, o ministério da Justiça autorizou o envio de tropas federais para reforçar a segurança nos presídios do Amazonas. Mato Grosso e Rondônia vão receber armas e outros equipamentos de segurança. A governadora de Roraima, Suely Campos (PP), pediu ajuda da força nacional, e o pedido vai ser oficializado nesta segunda-feira.

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Outros estados começam a segunda-feira em alerta por causa do risco de confrontos em seus presídios. O ministério da Justiça afirmou que novos auxílios serão analisados caso a caso — o objetivo é não repetir o que aconteceu em Roraima, quando uma ajuda foi negada em novembro, e um massacre aconteceu menos de dois meses depois.

Uma reunião entre o ministro Alexandre de Moraes e secretários de segurança de todos os estados foi agendada para discutir medidas como a criação de 27 núcleos de segurança. Detalhe: o encontro será apenas no dia 17, na terça-feira da semana que vem. Pelo andar da carruagem, até lá a crise pode ter se espalhado para novos estados. Não é, certamente, a celeridade que o momento exige.

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