"Acho que Doria não sairá do PSDB", diz Maia
O presidente da Câmara afirmou que não acredita que o tucano sairia do partido para concorrer à presidência por outra legenda em 2018
Estadão Conteúdo
Publicado em 11 de agosto de 2017 às 21h03.
Última atualização em 11 de agosto de 2017 às 22h01.
São Paulo - O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) disse na tarde desta sexta-feira, 11, não acreditar que o prefeito de São Paulo, João Doria, deixe o PSDB para concorrer à presidência por outro partido.
"Sou amigo do Doria há muitos anos, mas acho que ele não sairá do PSDB. E, como eu acho que Doria é um cara sério, de palavra e leal, ele só será candidato se for candidato pelo PSDB com apoio do Geraldo (Alckmin, governador de São Paulo)", afirmou Maia.
Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo desta sexta-feira revela que o presidente Michel Temer disse a Doria que as portas do PMDB estão abertas caso o prefeito queira migrar para outra legenda para viabilizar uma eventual candidatura à presidência.
Doria nega ser candidato, mas tem se movimentado em sentido contrário, o que tem provocado reação de seu padrinho político, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que não esconde o interesse em concorrer à Presidência.
A reportagem também relata que o prefeito de São Paulo também foi sondado por outros partidos, entre eles o DEM. Rodrigo Maia afirmou que não tem conhecimento da sondagem ao tucano.
"Que eu saiba não", disse Maia quando questionado sobre o assunto. "Não participei disso".
Maia disse que o DEM deve aproveitar o momento de crescimento, impulsionado por sua própria eleição para a presidência da Câmara e pela perspectiva de aumentar a bancada com a migração de deputados de outros partidos, principalmente o PSB.
A ideia, segundo ele, é viabilizar uma candidatura do partido à presidência. "Acho que o DEM tem que construir um projeto fora do PSDB", disse ele, não descartando uma aliança em um eventual segundo turno "com eles ou com a gente".
Maia, que já assumiu a presidência na ausência de Temer, no entanto, descarta seu próprio nome para uma candidatura ao Palácio do Planalto. Seu plano é tentar as reeleições, para deputado e para presidente da Câmara.
Segundo ele, neste momento o partido deve pavimentar a construção de candidaturas a governador para que haja "aeroportos" a um eventual candidato presidencial do partido.
A estimativa é eleger 12 a 14 governadores do partido em 2018. O principal nome seria o de seu pai, o vereador pelo Rio de Janeiro, César Maia.
"É para isso que estou trabalhando no Rio. Para que o DEM dê condições de viabilizar essa candidatura", disse.