"Acho que Deus está me ajudando", diz Ciro sobre afastamento do Centrão
Ciro foi ao Pará para a convenção estadual do partido no Estado. Em seu discurso, ele atacou partidos vinculados ao governo do presidente Michel Temer
Estadão Conteúdo
Publicado em 25 de julho de 2018 às 14h35.
Última atualização em 25 de julho de 2018 às 14h38.
São Paulo - O candidato à Presidência do PDT, Ciro Gomes , procurou demonstrar, nesta quarta-feira, tranquilidade pela ausência de uma aliança com os partidos do Centrão, que fecharam um acordo com Geraldo Alckmin (PSDB). O pedetista, no entanto, tentou atrair o bloco para sua candidatura.
"Acho que Deus está me ajudando", respondeu Ciro, em Ananindeua, no Pará, quando perguntado por um jornalista se estava mais tranquilo sem o Centrão. Na sequência, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, afirmou que Ciro não gostaria de estar no lugar de Alckmin. "Com certeza, não. É água e azeite, não se cruzam. Não dá para gente entender o que houve. Aliás, eu prefiro não entender, fica melhor e mais simples", declarou Lupi.
O presidente do PDT disse ainda que já não contava que o Centrão apoiasse Ciro. "O Centrão foi para debaixo da pena do tucanato, de onde eles nunca saíram. Nós nunca contamos, a gente não contava com aquilo que nunca teve. Teve uma abertura de conversa com a gente, conversamos com tudo mundo, a gente é democrata. Mas acho que eles seguiram o leito natural."
Lupi reforçou que o partido segue nas tentativas de aproximação com PSB e PCdoB e afirmou que a aliança de Ciro é "com o povo brasileiro".
Ciro foi ao Pará para a convenção estadual do partido no Estado. Em seu discurso, ele atacou partidos vinculados ao governo do presidente Michel Temer. "Quem andou respondendo por crimes não vai se reciclar na política. A política não é meio de vida para bandido", disse o presidenciável.
"Se toda essa gente é ladrão, se toda essa gente é corrupta, a turma do Temer e sua quadrilha, se todos eles, menos o Temer, que é um golpista, estão aí eleitos por nós, tem um problema. O tempo agora não permite mais erro", discursou, afirmando que "é a política que resolve" os problemas do País e que não se pode dar espaço para "salvadores da pátria".