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A temporada de debates

Começou ontem a temporada de debates entre os candidatos às prefeituras. Em São Paulo, o encontro na TV Bandeirantes serviu para lembrar que, num ano de eleições espremidas (serão 45 dias de campanha, ante os 90 tradicionais) não há muito tempo a perder. De olho numa vaga no segundo turno, Fernando Haddad (PT), João Doria […]

OS CANDIDATOS: troca de farpas entre Marta, Haddad e Doria; Russomano discreto  / Lucas Ismael/ BAND/ Divulgação

OS CANDIDATOS: troca de farpas entre Marta, Haddad e Doria; Russomano discreto / Lucas Ismael/ BAND/ Divulgação

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Da Redação

Publicado em 23 de agosto de 2016 às 06h59.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h03.

Começou ontem a temporada de debates entre os candidatos às prefeituras. Em São Paulo, o encontro na TV Bandeirantes serviu para lembrar que, num ano de eleições espremidas (serão 45 dias de campanha, ante os 90 tradicionais) não há muito tempo a perder. De olho numa vaga no segundo turno, Fernando Haddad (PT), João Doria (PSDB) e Marta Suplicy (PMDB) se atacaram. Marta foi vinculada ao PT; Doria foi acusado de só fazer turismo na periferia; Haddad foi atacado por problemas de gestão e pelos problemas de mobilidade.

Enfim, um cenário, por hora, perfeito para Celso Russomanno (PRB), líder nas pesquisas e poupado na noite de ontem. Russomanno tem péssimas lembranças das últimas eleições. Até 25 de setembro, ele liderava as pesquisas por 35% a 18% quando, num debate, assistiu aos concorrentes Fernando Haddad e José Serra (PSDB) alfinetarem à exaustão uma proposta atrapalhada de seu plano de governo que pretendia cobrar viagens de ônibus de forma proporcional ao percurso. Na prática, os mais carentes sairiam prejudicados. Ele perdeu 13 pontos às vésperas da eleição e ficou fora do segundo turno.

Russomanno chegou a afirmar que não iria ao debate em solidariedade a Luiza Erundina (PSOL) impedida de participar pela lei eleitoral e por decisão dos demais adversários. Fazia sentido: para Russomanno, quanto menos aparecer, melhor. Mas Russomanno foi. E Erundina fez protesto do lado de fora da emissora.

Num ano com campanhas mais curtas nos municípios, e novas regras de financiamento, os líderes nas pesquisas são mais favoritos do que nunca. Por isso, devem ficar de fora dos debates ou, como fez Russomanno ontem, evitar entrar em bola dividida e torcer para serem esquecidos. Ainda não é hora de dar a cara a tapa, avaliam cientistas políticos. Só em São Paulo, há mais cinco debates agendados – o último deles é na Globo, dia 29 de setembro.

 

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