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A importância do diagnóstico precoce para o mal de Alzheimer

Atualmente, estima-se que no Brasil cerca de 1,2 milhão de pessoas sofram de Alzheimer, mas só a metade está diagnosticada.

Mulher com Alzheimer em um asilo: cerca de 1,2 milhão de pessoas sofrem da doença no Brasil (Sebastien Bozon/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de setembro de 2015 às 15h14.

Brasília - Médicos e profissionais de saúde dedicaram a manhã deste domingo (20) para conversar e tirar dúvidas sobre o mal de Alzheimer , no Parque da Cidade, em Brasília. Organizada pela Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz), a ação faz parte da programação do mês mundial de conscientização da doença .

Segundo o geriatra e diretor científico da Abraz-DF, Otávio Castello, a doença, que na maioria das vezes se manifesta a partir dos 60 anos, não tem cura conhecida. É progressiva e faz com que a pessoa perca gradualmente a memória, a capacidade de orientar-se no tempo e no espaço, além de trazer dificuldades de comunicação, raciocínio lógico e alterações comportamentais.

Atualmente, estima-se que no Brasil cerca de 1,2 milhão de pessoas sofram de Alzheimer, mas só a metade está diagnosticada. “Quanto mais cedo se diagnosticar, mais cedo se consegue tratar e mais cedo se posterga os problemas que a doença acarreta para as pessoas”, alerta o especialista. Para combater a desinformação e o preconceito, considerados os maiores desafios para o tratamento da doença, a roda de conversa deste domingo envolveu, além dos idosos, cuidadores e familiares.

Segundo Castello, a baixa escolaridade e a falta de estimulação cognitiva na meia idade estão entre os fatores de risco para a doença. “Tudo o que faz bem para o coração, faz bem para o cérebro. Controlar pressão alta, diabetes, colesterol, não ter obesidade, praticar regularmente atividade física, ter alimentação balanceada e saudável podem ser fatores de proteção ou de risco, no caso de quem não faz nada disso”, observa o médico.

Geriatra Otávio Castello recomenda prestar atenção a sintomas como esquecimentos frequentesValter Campanato/Agência Brasil

Sintomas

Os especialistas recomendam prestar atenção a sinais da doença. A pessoa com Alzheimer passa a ter comprometimento de atividades recentes. O paciente fica repetitivo, não sabe onde guardou objetos, esquece compromissos e atrapalha-se em trajetos que antes lhe eram familiares.

“Se comprometer a função cotidiana de uma pessoa que sempre foi organizada para pagar suas contas e, de repente, começa a se desorganizar frequentemente ou começa a esquecer compromissos, repete histórias como não tivesse contado antes, isso merece atenção”, diz. “O mais importante é comparar o individuo com ele mesmo. Se isso for um padrão frequente, merece uma avaliação por um neurologista ou geriatra”, orienta Otávio Castello.

Doença cara

Segundo o médico, de 1950 a 2050, o número de idosos na população vai quadruplicar. “Estatísticas claras dão conta que hoje a doença custa US$ 800 bilhões por ano em todo o mundo. Em 2018, o prejuízo passará de US$ 1 trilhão por ano. Se o Alzheimer fosse uma empresa, valeria mais que Google e Apple, atualmente as companhias mais valiosas do mundo”, compara o geriatra, ressaltando a importância do diagnóstico precoce.

Editor Wellton Máximo

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Brasília - Médicos e profissionais de saúde dedicaram a manhã deste domingo (20) para conversar e tirar dúvidas sobre o mal de Alzheimer , no Parque da Cidade, em Brasília. Organizada pela Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz), a ação faz parte da programação do mês mundial de conscientização da doença .

Segundo o geriatra e diretor científico da Abraz-DF, Otávio Castello, a doença, que na maioria das vezes se manifesta a partir dos 60 anos, não tem cura conhecida. É progressiva e faz com que a pessoa perca gradualmente a memória, a capacidade de orientar-se no tempo e no espaço, além de trazer dificuldades de comunicação, raciocínio lógico e alterações comportamentais.

Atualmente, estima-se que no Brasil cerca de 1,2 milhão de pessoas sofram de Alzheimer, mas só a metade está diagnosticada. “Quanto mais cedo se diagnosticar, mais cedo se consegue tratar e mais cedo se posterga os problemas que a doença acarreta para as pessoas”, alerta o especialista. Para combater a desinformação e o preconceito, considerados os maiores desafios para o tratamento da doença, a roda de conversa deste domingo envolveu, além dos idosos, cuidadores e familiares.

Segundo Castello, a baixa escolaridade e a falta de estimulação cognitiva na meia idade estão entre os fatores de risco para a doença. “Tudo o que faz bem para o coração, faz bem para o cérebro. Controlar pressão alta, diabetes, colesterol, não ter obesidade, praticar regularmente atividade física, ter alimentação balanceada e saudável podem ser fatores de proteção ou de risco, no caso de quem não faz nada disso”, observa o médico.

Geriatra Otávio Castello recomenda prestar atenção a sintomas como esquecimentos frequentesValter Campanato/Agência Brasil

Sintomas

Os especialistas recomendam prestar atenção a sinais da doença. A pessoa com Alzheimer passa a ter comprometimento de atividades recentes. O paciente fica repetitivo, não sabe onde guardou objetos, esquece compromissos e atrapalha-se em trajetos que antes lhe eram familiares.

“Se comprometer a função cotidiana de uma pessoa que sempre foi organizada para pagar suas contas e, de repente, começa a se desorganizar frequentemente ou começa a esquecer compromissos, repete histórias como não tivesse contado antes, isso merece atenção”, diz. “O mais importante é comparar o individuo com ele mesmo. Se isso for um padrão frequente, merece uma avaliação por um neurologista ou geriatra”, orienta Otávio Castello.

Doença cara

Segundo o médico, de 1950 a 2050, o número de idosos na população vai quadruplicar. “Estatísticas claras dão conta que hoje a doença custa US$ 800 bilhões por ano em todo o mundo. Em 2018, o prejuízo passará de US$ 1 trilhão por ano. Se o Alzheimer fosse uma empresa, valeria mais que Google e Apple, atualmente as companhias mais valiosas do mundo”, compara o geriatra, ressaltando a importância do diagnóstico precoce.

Editor Wellton Máximo

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