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A denúncia contra Temer avança (e o PSDB pressiona)

ÀS SETE - Ainda que a saída para as acusações ainda seja desconhecida, as movimentações de salvação começaram a todo vapor ontem

BONIFÁCIO DE ANDRADA: bancada tucana pressiona o deputado a deixar a relatoria da denúncia / Renato Araújo/Agência Câmara

BONIFÁCIO DE ANDRADA: bancada tucana pressiona o deputado a deixar a relatoria da denúncia / Renato Araújo/Agência Câmara

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EXAME Hoje

Publicado em 4 de outubro de 2017 às 06h59.

Última atualização em 4 de outubro de 2017 às 08h40.

O rito da denúncia contra o presidente Michel Temer na Câmara dos Deputados tem um dia decisivo nesta quarta-feira. O peemedebista e seus aliados, os ministros Moreira Franco, da Secretaria da Presidência, e Eliseu Padilha, da Casa Civil, devem entregar suas defesas à Comissão de Constituição e Justiça.

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Ali, como foi na primeira denúncia contra o presidente, será feito um relatório recomendando o prosseguimento ou arquivamento da ação. O relator, até aqui, é Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), aliado de Aécio Neves (PSDB-MG), um dos deputados mais próximos de Temer. Mas Ricardo Trípoli, líder do PSDB na Câmara, deu esta quarta como prazo final para que Andrada deixe a relatoria. Sua nomeação acentuou ainda mais as divisões do PSDB no Congresso.

De qualquer forma, há dúvidas sobre a estratégia de defesa dos governistas. Até agora, nada do conteúdo das defesas foi antecipado pelos advogados. Padilha e Moreira serão defendidos por Daniel Gerber e Antonio Sergio Pitombo, respectivamente. Responde pelo presidente Temer o advogado Eduardo Carnelós, que substituiu Antônio Cláudio Mariz de Oliveira. O jurista, amigo do presidente dos tempos de faculdade, declarou-se suspeito, por ter defendido Lúcio Funaro, doleiro do PMDB e agora delator que embasa a denúncia por organização criminosa e obstrução de Justiça.

Ainda que a saída para as acusações ainda seja desconhecida, as movimentações de salvação começaram a todo vapor na terça. O presidente passou 12 horas em uma sequência de audiências com mais de 50 parlamentares e iniciou trocas na Comissão de Constituição e Justiça para largar com resultado favorável.

Nas tratativas, Temer começou a sentir a pressão. O líder do PSD na Câmara, deputado Marcos Montes (MG), afirmou ao G1 que o “humor” da bancada “piorou” em relação à votação anterior. Trata-se de um pequeno demonstrativo de que, apesar de o placar favorável quase garantido, o fisiologismo será intenso. A liberação de emendas, também. Depois do dia intenso de negociações, o presidente parece tranquilo. Hoje, entregará ambulâncias em São Bernardo do Campo.

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