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"A democracia é mais forte", diz embaixador sobre prisão de Battisti

Italiano foragido foi preso na Bolívia no sábado (12) e pode ser extraditado a qualquer momento

Cesare Battisti: Italiano teve a prisão decretada pelo STF em dezembro e fugiu do Brasil (Nacho Doce/Reuters)

Cesare Battisti: Italiano teve a prisão decretada pelo STF em dezembro e fugiu do Brasil (Nacho Doce/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 13 de janeiro de 2019 às 09h34.

O embaixador da Itália no Brasil, Antonio Bernardini, comemorou a captura, na Bolívia, de Cesare Battisti, de 64 anos, procurado pelas autoridades brasileiras há quase um mês. Na sua conta no Twitter, o diplomata escreveu, inicialmente em italiano, depois em português. "Battisti está preso! A democracia é mais forte [do] que o terrorismo."

O diplomata se referiu à prisão de Battisti executada neste sábado (12), em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia. Ele teve a prisão decretada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em dezembro, e fugiu do Brasil. A extradição foi autorizada ainda na gestão do governo Michel Temer.

Bernardini se reuniu com o presidente Jair Bolsonaro, logo após o resultado das eleições, e reiterou o pedido para a extradição de Battisti. Na Itália, ele foi condenado à prisão perpétua.

Battisti foi sentenciado pelo assassinato de quatro pessoas, na década de 1970, quando integrava a ação Proletários Armados pelo Comunismo, um braço das Brigadas Vermelhas. Ele se diz inocente. Para as autoridades brasileiras, ele é considerado terrorista.

Reações

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente da República, também comemorou nas redes sociais a captura de Battisti. "A Itália só teve 'anos de chumbo' porque antes teve anos de terrorismo. Bombas, autoridades sequestradas, assassinatos políticos e etc. Não dá para combater terrorismo como se fosse crime comum."

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