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Classe média é "pobre" e o Brasil é caro, diz FT

Jornal Financial Times afirma que, apesar do aumento da renda do brasileiro, a classe C pode ser só uma "aspiração", não uma realidade em uma economia cara

Blog do FT afirma que brasileiros que ganham mil reais, cerca de 600 dólares, já saíram da zona de pobreza do ponto de vista da renda (Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de agosto de 2011 às 10h15.

São Paulo - Os economistas normalmente usam o clichê da "ascensão das classes médias" para explicar a situação do Brasil, mas os brasileiros continuam se sentindo pobres, segundo o blog beyondbrics do jornal britânico Financial Times. O texto de Samantha Pearson afirma que o salário entre mil reais e 4 mil reais já é considerado fora da zona de pobreza, o que corresponde a gastos de 20 reais por dia, rendimento fraco em relação aos países desenvolvidos.

De acordo com o FT, se as pessoas estão ganhando um "salário brasileiro", mas pagando preços do mundo desenvolvido, é normal que a classe média se sinta pobre. O blog menciona uma pesquisa do Data Popular, que entrevistou 3.000 pessoas em todo 251 cidades.

Segundo o levantamento, só um terço dos brasileiros de classe média sabia que eles pertenciam à classe C, enquanto o resto se identificaram como pessoas de baixa renda. Pesquisa também mostrou que 55% dos brasileiros de classe alta se identificavam como de classe média e 35% como pobres.

O Financial Times também afirma que a mentalidade do brasileiro é muito influenciada pela cultura norte-americana, que relaciona classe média com "qualidade de vida", e não aumento de renda. De acordo com o texto, se os Estados Unidos forem mesmo uma boa referência para o Brasil, a classe C não passa de "aspiração" e não uma realidade.

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De acordo com o FT, se as pessoas estão ganhando um "salário brasileiro", mas pagando preços do mundo desenvolvido, é normal que a classe média se sinta pobre. O blog menciona uma pesquisa do Data Popular, que entrevistou 3.000 pessoas em todo 251 cidades.

Segundo o levantamento, só um terço dos brasileiros de classe média sabia que eles pertenciam à classe C, enquanto o resto se identificaram como pessoas de baixa renda. Pesquisa também mostrou que 55% dos brasileiros de classe alta se identificavam como de classe média e 35% como pobres.

O Financial Times também afirma que a mentalidade do brasileiro é muito influenciada pela cultura norte-americana, que relaciona classe média com "qualidade de vida", e não aumento de renda. De acordo com o texto, se os Estados Unidos forem mesmo uma boa referência para o Brasil, a classe C não passa de "aspiração" e não uma realidade.

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