São Paulo – Não há como fugir: onde se procurar neste grande país, a
saúde pública será recheada de problemas, como filas, demora para cirurgias, falta de materiais e muita gente disposta a reclamar. Mas em cada estado há municípios que proporcionam - pelo menos em comparação aos baixos padrões da saúde pública brasileira - uma garantia básica de atendimento, destacando-se em relação às demais cidades da região. Para selecionar os campeoões de cada UF, EXAME.com recorreu ao
IDSUS, índice que avalia o acesso à prevenção e tratamento em todos os mais de 5,5 mil municípios do país,
a partir de vários critérios. Os dados são do
Ministério da Saúde, com informações das prefeituras. Não há equilíbrio: as que deveriam ser sinônimos de excelência de certos estados se saem, por vezes, pior que a média nacional, de nota 5,47. É o caso de Amapá e
Pará. Quando considerada
a lista corrida dos 100 melhores "SUS", apenas seis territórios têm representantes - SP, MG, SC, PR, RS e TO. As cidades são também muitos diferentes entre si. Umas atendem mil pessoas, outras, mais de dois milhões. “Estamos comparando coisas diferentes (tamanho das cidades), mas uma coisa é igual: o cuidado na hora de tratar toda a população existente com os bens disponíveis”, explica o Coordenador Geral de Monitoramento e Avaliação do SUS, Afonso Teixeira dos Reis. Assim, a campeã de
São Paulo e também do Brasil, Arco-Íris, com seus 2 mil habitantes, recebe uma alta pontuação porque oferece boa cobertura de saúde básica para os moradores. Mas na hora de se tratar um câncer, no entanto, até os cidadãos de lá têm de ser enviados a uma cidade maior, com aparelhos de alta complexidade, como os da foto ao lado. Clique nas imagens para conferir a cidade de cada UF em que a população que depende do SUS pode se sentir, de certa forma, privilegiada. E veja, de extra, onde a saúde é uma lástima declarada pelo índice do governo federal.