90% dos brasileiros não se alimentam de forma saudável, diz IBGE
População consome poucas frutas, verduras e legumes, mostrou pesquisa; feijão e arroz são os alimentos mais consumidos
Da Redação
Publicado em 28 de julho de 2011 às 14h43.
Rio de Janeiro - Cerca de 90% dos brasileiros tem uma dieta pouco nutritiva e muito calórica que, por incluir poucas frutas, verduras e legumes, está longe da recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), diz estudo divulgado nesta quinta-feira pelo Governo.
Menos de 10% dos brasileiros consome 400 gramas diárias de frutas, legumes e verduras recomendados pela OMS e pelo próprio guia alimentar brasileiro, segundo o estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas.
Os produtos mais consumidos pelo brasileiro diariamente são: feijão (182,9 gramas), arroz (160,3 gramas), carne bovina (63,2 gramas), suco (145 gramas), refrigerante (97,4 gramas) e café (215,1 gramas).
A Análise de Consumo Alimentar Pessoal no Brasil foi realizada a partir dos resultados das pesquisas sobre orçamento familiar elaboradas pelo instituto em 2008 e em 2009 em 13.569 famílias em todo o país.
Segundo o estudo, ao invés dos alimentos nutritivos, o brasileiro - principalmente os adolescentes - consome grande quantidade de alimentos calóricos como biscoito, salsicha, mortadela, sanduíches e bolos.
Enquanto os adolescentes comem até 12,3 gramas diárias de biscoitos recheados, esse valor cai para 3,2 gramas diárias entre os adultos e 0,6 gramas para os idosos.
No que se refere à qualidade nutritiva, a alimentação da população rural é melhor do que da urbana, assim como a das mulheres supera a dos homens e dos mais pobres dos que os mais ricos.
Enquanto a população rural consome arroz, feijão, peixe fresco e farinha de mandioca, na urbana os produtos mais consumidos são refrigerantes, pão de sal e sanduíches. As mulheres têm maior consumo per capita do que os homens de verduras, frutas e saladas.
A população mais rica consome alimentos mais industrializados e pouco nutritivos, como refrigerantes, doces, pizzas e bolos fritos. Já a pobre uma dieta baseada em feijão e milho.
O consumo de frutas, verduras e derivados do leite, no entanto, aumenta quanto mais elevado é o poder aquisitivo.
"Como as pessoas de menor poder aquisitivo não têm capacidade para comprar tanto, têm uma alimentação mais básica. E essa alimentação mais básica tem melhor qualidade nutricional", explicou o especialista André Martins, pesquisador do IBGE e um dos responsáveis pelo estudo.
"Na população de menores receitas há muita presença (nos alimentos) de carboidratos. Também já há níveis pouco adequados de açúcares e gorduras, mas não tanto quanto nos de maior renda que têm maior capacidade para comprar industrializados", acrescentou.
O estudo revelou igualmente que cerca de 60% dos brasileiros consome uma quantidade de açúcar superior à recomendada pelo Ministério da Saúde e 82% consome mais do que o ideal de gorduras saturadas.
Da mesma forma, a grande maioria dos brasileiros consome mais sal do que o recomendado pelo Ministério da Saúde (2.200 miligramas por dia), prática que afeta 81% das crianças de entre dez e 13 anos e 77% das meninas da mesma idade. A média de ingestão de sódio (sal) do brasileiro é de 3,2 mil miligramas por dia.
Rio de Janeiro - Cerca de 90% dos brasileiros tem uma dieta pouco nutritiva e muito calórica que, por incluir poucas frutas, verduras e legumes, está longe da recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), diz estudo divulgado nesta quinta-feira pelo Governo.
Menos de 10% dos brasileiros consome 400 gramas diárias de frutas, legumes e verduras recomendados pela OMS e pelo próprio guia alimentar brasileiro, segundo o estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas.
Os produtos mais consumidos pelo brasileiro diariamente são: feijão (182,9 gramas), arroz (160,3 gramas), carne bovina (63,2 gramas), suco (145 gramas), refrigerante (97,4 gramas) e café (215,1 gramas).
A Análise de Consumo Alimentar Pessoal no Brasil foi realizada a partir dos resultados das pesquisas sobre orçamento familiar elaboradas pelo instituto em 2008 e em 2009 em 13.569 famílias em todo o país.
Segundo o estudo, ao invés dos alimentos nutritivos, o brasileiro - principalmente os adolescentes - consome grande quantidade de alimentos calóricos como biscoito, salsicha, mortadela, sanduíches e bolos.
Enquanto os adolescentes comem até 12,3 gramas diárias de biscoitos recheados, esse valor cai para 3,2 gramas diárias entre os adultos e 0,6 gramas para os idosos.
No que se refere à qualidade nutritiva, a alimentação da população rural é melhor do que da urbana, assim como a das mulheres supera a dos homens e dos mais pobres dos que os mais ricos.
Enquanto a população rural consome arroz, feijão, peixe fresco e farinha de mandioca, na urbana os produtos mais consumidos são refrigerantes, pão de sal e sanduíches. As mulheres têm maior consumo per capita do que os homens de verduras, frutas e saladas.
A população mais rica consome alimentos mais industrializados e pouco nutritivos, como refrigerantes, doces, pizzas e bolos fritos. Já a pobre uma dieta baseada em feijão e milho.
O consumo de frutas, verduras e derivados do leite, no entanto, aumenta quanto mais elevado é o poder aquisitivo.
"Como as pessoas de menor poder aquisitivo não têm capacidade para comprar tanto, têm uma alimentação mais básica. E essa alimentação mais básica tem melhor qualidade nutricional", explicou o especialista André Martins, pesquisador do IBGE e um dos responsáveis pelo estudo.
"Na população de menores receitas há muita presença (nos alimentos) de carboidratos. Também já há níveis pouco adequados de açúcares e gorduras, mas não tanto quanto nos de maior renda que têm maior capacidade para comprar industrializados", acrescentou.
O estudo revelou igualmente que cerca de 60% dos brasileiros consome uma quantidade de açúcar superior à recomendada pelo Ministério da Saúde e 82% consome mais do que o ideal de gorduras saturadas.
Da mesma forma, a grande maioria dos brasileiros consome mais sal do que o recomendado pelo Ministério da Saúde (2.200 miligramas por dia), prática que afeta 81% das crianças de entre dez e 13 anos e 77% das meninas da mesma idade. A média de ingestão de sódio (sal) do brasileiro é de 3,2 mil miligramas por dia.