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6,2 toneladas de leite em pó contaminado são queimadas

Nos produtos, foi detectada a presença de formol


	Leite: o leite cru é transformado em leite em pó para a realização de testes e, quando confirmada a adulteração ou contaminação, o produto é incinerado.
 (Scott Olson/Getty Images)

Leite: o leite cru é transformado em leite em pó para a realização de testes e, quando confirmada a adulteração ou contaminação, o produto é incinerado. (Scott Olson/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 21 de maio de 2013 às 12h29.

Brasília – Fiscais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) queimaram 6,2 toneladas de leite em pó, em Taquara, no Rio Grande do Sul. No produto, foi detectada a presença de formol.

De acordo com o ministério, a ação aconteceu nesta segunda-feira (20), dando continuidade à Operação Leite Compen$ado, deflagrada no início do mês pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul e o Ministério da Agricultura.

Dos 318 mil litros de leite cru apreendidos na operação, cerca de 28 mil testaram positivo para a presença de ureia e formol. O produto era oriundo de dois entrepostos interditados no dia 8 de maio deste ano. Os problemas foram detectados em 7,5 mil litros da empresa Líder Alimentos, em Crissiumal (RS), e de 20,8 mil litros da Marasca, que fica em Selbach (RS).

O leite cru é transformado em leite em pó para a realização de testes e, quando confirmada a adulteração ou contaminação, o produto é incinerado. Segundo o ministério, para cada dez litros de leite cru, faz-se cerca de um quilo de leite em pó.

A Superintendência Federal de Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul ainda aguarda as demais análises das amostras de leite apreendido. A partir delas, serão definidos os destino dos demais lotes, cautelarmente apreendidos em uma empresa que auxilia as ações do ministério.

Como a adulteração do produto ocorreu durante o processo de transporte, o ministério informou que vai se reunir amanhã (22) com representantes da cadeia produtiva do leite, para sugerir mudanças na relação das indústrias de laticínios com as transportadoras.

O Mapa deve propor que as empresas alterem o pagamento do frete do produto, baseando-se na distância percorrida e não mais no volume transportado. A medida é importante porque o tema é tratado no âmbito comercial, que foge da legislação referente à inspeção sanitária.

O ministério também estuda como adotar novos parâmetros para análise da quantidade de ureia no leite, uma vez que a substância faz parte da composição natural do produto. A intenção é aprimorar o sistema de inspeção do Programa Nacional de Combate à Fraude no Leite.

Acompanhe tudo sobre:Contaminação de alimentosCrimeMinistério da Agricultura e Pecuária

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