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59% dos paulistanos rejeitam reforma na educação estadual

Pesquisa Datafolha mostra que menos de um terço é favorável à unificação dos ciclos de ensino

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, em visita à Escola Estadual Alfredo Paulino, em São Paulo (Marcelo Ribeiro/ Alckmin 45)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de novembro de 2015 às 12h47.

Última atualização em 2 de agosto de 2017 às 12h39.

São Paulo – O plano de restruturação do ensino público estadual anunciado pelo governo Alckmin é rejeitado por 59% dos paulistanos, segundo dados de pesquisa Datafolha divulgada hoje. Foram favoráveis às mudanças 28% dos entrevistados, 3% indiferentes e 9% não souberam responder.

A pesquisa trata da unificação dos ciclos de ensino, que causará o fechamento de 94 escolas e a transferência de 311 mil alunos. A troca de escola gerou insatisfação de pais e gestores educacionais, que promoveram protestos nas últimas semanas. A medida foi oficialmente anunciada no último dia 26.

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O novo sistema prevê agora que escolas estaduais passarão a ter alunos de apenas uma das três etapas do ensino — divididas entre Ensino Fundamental 1, Fundamental 2 ou Médio —, o que, segundo o governo, pode melhorar o desempenho de ensino da instituição em até 22%. A partir de 2016, 43% das escolas do estado funcionarão nesse sistema, isto é, 2.197 das 5.147 da rede.

Mesmo com a promessa de melhorias, a pesquisa mostra pessimismo por parte dos entrevistados, já que 62% acreditam que as mudanças trarão mais prejuízos que benefícios. Apenas 27% acham que as resoluções trarão mais benefícios, enquanto 2% acreditam que efeitos serão equivalentes. Foram 9% os que não souberam responder.

Sobre o grau de informação sobre as medidas adotadas pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo , 39% afirmaram estar bem informados sobre as mudanças. Outros 30% disseram estar “mais ou menos” informados, enquanto 8% disseram estar mal informados. De todos, 23% não sabiam do que se tratavam as mudanças.

Entre os dias 28 e 29 de outubro, o Datafolha ouviu 1.092 pessoas na capital paulista. A margem de erro da pesquisa é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.

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