Geleira derretendo: atualmente, cerca de um em cada quatro americanos compõe o time dos céticos do clima (klemas/Creative Commons)
Da Redação
Publicado em 23 de janeiro de 2014 às 15h27.
A primeira parte do Relatório do IPCC foi bem clara: as mudanças climáticas são reais e o ser humano é o principal responsável. Mas não é nisso que a maioria dos americanos acredita.
Enquanto 63% da nação admite que o planeta esteja cada vez mais quente, apenas 47% da população reconhece sua parcela de culpa nas mudanças climáticas.
Os resultados da pesquisa “Climate Change in the American Mind” (Mudanças Climáticas na Mente Americana, em tradução livre), realizada pelas universidades de Yale e George Mason, não são animadoras. Entre abril e novembro de 2013, a quantidade de pessoas que não admite a teoria do aquecimento global cresceu 7%. Isso equivale a 20 milhões de americanos.
Atualmente, cerca de um em cada quatro americanos compõe o time dos céticos do clima. Este é o maior índice dos últimos seis anos. Mudar a opinião dos grupos “cabeça feita” é praticamente impossível, diz o estudo.
“Depois de anos de pesquisas, nós acreditamos plenamente que, no geral, os americanos enxergam o aquecimento global como ameaça distante em tempo e espaço – um risco que afetará lugares remotos, outras espécies e gerações futuras”, diz o relatório. Apenas 38% da população acredita que será afetada diretamente pelas mudanças climáticas.
Para os autores do estudo, a resposta dos céticos ao relatório do IPCC, lançado em setembro do ano passado, pode ter contribuído para o crescimento da descrença entre os indecisos. Trata-se do conceito de “pausa” do aquecimento global, amplamente divulgado pela mídia americana tradicional.