Brasil

Governo encomendou 100 milhões de doses da vacina de Oxford, diz Saúde

Secretário de vigilância em saúde afirmou que o Brasil deve receber um primeiro lote, de 15 milhões de vacinas, em dezembro

Vacina: governo já encomendou 100 milhões de unidades da vacina experimental para a covid-19 da AstraZeneca (Taechit Taechamanodom/Getty Images)

Vacina: governo já encomendou 100 milhões de unidades da vacina experimental para a covid-19 da AstraZeneca (Taechit Taechamanodom/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 29 de julho de 2020 às 09h20.

Última atualização em 29 de julho de 2020 às 09h45.

O secretário de vigilância em saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Correia de Medeiros, afirmou em entrevista à CNN que o governo já encomendou 100 milhões de unidades da vacina experimental para a covid-19 da AstraZeneca, desenvolvida na Universidade de Oxford, no Reino Unido.

Segundo Medeiros, o Brasil deve receber um primeiro lote, de 15 milhões de vacinas, em dezembro e, caso os testes e estudos sobre a eficácia do medicamento sejam aprovados até lá, a aplicação da imunização deverá ser iniciada. A vacina está na terceira e última fase de testes.

"Fechamos acordo para o envio de 100 milhões de doses da vacina em três lotes. O primeiro lote deve chegar na primeira quinzena de dezembro, com 15,2 milhões de doses, e o segundo chega entre dezembro em janeiro. Muito em breve, se tudo der certo, nós teremos a vacina em dezembro com a ajuda de Deus e o esforço e trabalho de toda a comunidade científica", explicou.

O secretário lembrou do acordo feito entre o governo brasileiro e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) com a Universidade de Oxford e a AstraZeneca, que garante ao Brasil a transferência da tecnologia do medicamento, que poderá ser produzido no laboratório de Bio Manguinhos, da Fiocruz.

"Nessa encomenda com a Oxford e a AstraZeneca, o governo brasileiro assumiu compromisso de transferência de tecnologia para termos autonomia de produção da vacina, que será produzida no (laboratório) Biomanguinhos."

De acordo com o secretário, os primeiros grupos a receberem a vacina serão os idosos, pessoas com comorbidades e profissionais da saúde da linha de frente no combate à pandemia.

Testes da vacina chinesa

Além da vacina de Oxford, o país testa também a Coronavac, vacina chinesa que vem sendo testada no país desde a semana passada. Os testes são fruto de uma parceria do Instituto Butantã e a empresa Sinovac Biotech.

A vacina começou a ser testada na terça-feira passada em voluntários no Hospital da Clínicas.

A partir desta quinta e sexta-feira, dias 30 e 31, a vacina passará a ser testada em outros quatro centros: Instituto Emílio Ribas, Hospital das Clínicas da Faculdade de Ribeirão Preto da USP, Universidade Municipal de São Caetano do Sul e Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Fármacos da Universidade Federal de Minas Gerais.

Ao todo, nove mil voluntários, somente profissionais de saúde, vão receber a vacina em 11 centros de pesquisa. 

Segundo o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), se os testes derem certo, essa vacina pode estar disponível para a população a partir de janeiro de 2021. 

“Se os testes forem concluídos com bons resultados, ela já poderá ser produzida, mediante autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, na segunda quinzena do mês de novembro, ou nos primeiros dias de dezembro. Aí teríamos uma quantidade necessária para iniciar a imunização de brasileiros de todo o país no início de janeiro de 2021 pelo Sistema Único de Saúde“, disse Doria no início da semana.

Acompanhe tudo sobre:CoronavírusMinistério da SaúdePandemiaSaúde no BrasilUniversidade de Oxfordvacina contra coronavírusVacinas

Mais de Brasil

CPTM Serviços assina 1º contrato de prestação de serviços com secretaria do Rio por R$ 2,4 mi

CNH definitiva: como pagar a taxa e solicitar documento

Com chuva e granizo, Inmet emite alerta para 16 estados e ventos podem chegar a 100 km/h

Servidor púbico poderá ser contratado via CLT? Entenda decisão do STF