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Abelhas: insetos muito importantes para manter a harmonia no ecossistema (Pixabay/Reprodução)
Jornalista freelancer
Publicado em 2 de janeiro de 2024 às 15h11.
Última atualização em 2 de janeiro de 2024 às 15h24.
As abelhas são insetos muito importantes para manter a harmonia no ecossistema, além da produção de mel, sendo a única fonte de produção desse alimento natural, as abelhas também são responsáveis pela polinização e, consequentemente, a fertilização de plantas partindo do néctar extraído das flores.
E você provavelmente já viu aquela abelha clássica, com as listrinhas pretas e amarelas, como também aquela de cor preta que gruda nos cabelos, certo? Mas elas não são os únicos tipos de abelhas que existem. Hoje, temos mais de 1,5 mil espécies só aqui no Brasil.
Te contaremos aqui quais são os tipos mais comuns de abelhas no país e suas principais características.
A palavra uruçu é de origem tupi, e esse tipo de abelha é supercomum aqui no Brasil. São consideradas abelhas do tipo grande, e é exatamente daí que vem o nome. Uruçu significa “abelha grande” em tupi.
Elas podem chegar a até 12 milímetros e são muito comuns nas regiões quentes do Brasil, como o Norte, Centro-Oeste e Sudeste do país.
Uma abelha uruçu pode produzir até 4 litros de mel por ano, uma quantidade muito boa comparada a outras abelhas, além de ser um mel bem doce e saboroso, sendo muito valorizado no mercado nacional.
A abelha tiúba possui coloração preta e cinza, com o tórax todo aveludado. Ela é comumente encontrada na Mata Atlântica e no cerrado brasileiro.
Sua produção de mel é um pouco menor comparada à uruçu, chegando a média de 3 litros por ano.
Enquanto a tiúba e uruçu são abelhas maiores, a abelha jandaíra pode ser considerada um dos subtipos mais pequenos do inseto. Muito famosa pelo seu mel de qualidade, a jandaíra se adapta em um clima mais seco e tem a missão de realizar a polinização da região semiárida brasileira.
A produção do seu mel é em bem menor escala, e ele tem um sabor mais ácido comparado aos outros, deixando o seu valor de mercado mais elevado e procurado para receitas mais sofisticadas.
A abelha uruçu-cinzenta é da família dos uruçus, ou seja, de abelhas grandes. A principal diferença da outra é a coloração, que tem um aspecto acinzentado e muito peludo. Com relação a produção, também é um tipo que possui bastante mel, chegando a 4 litros por ano.
A abelha mandaçaia é famosa por não ter ferrão. Muito comum aqui no Brasil, ela tem as listras amarelas e essa característica mais felpuda, com pelos por todo o corpo.
É encontrada na região da caatinga e tem o alto poder de polinização, sendo uma das grandes ajudas para o desenvolvimento e fertilização de plantas na região.
Seu mel também é de muita qualidade, sendo mais líquido e não tão doce. Com acidez na medida.
Por fim, mas não menos importante, as abelhas jataí podem ser consideradas as mais “diferentes” de todas as que já te contamos até aqui. A espécie é pequena, com um formato comprido e pontudo que parece um ferrão, mas não é. Sua cor é preta, e uma mistura de amarelo com laranja, sem as listrinhas.
Apesar de diferente, ela é bastante comum: a preferida dos apicultores, pois é relativamente fácil de manter sua cultura. Outra curiosidade é que são abelhas que não voam, fazendo toda a polinização escalando as superfícies.
São mais de 1,5 mil espécies catalogadas de abelhas que temos até então e, um pouco mais de 300 dessas espécies são as que não possuem ferrão. Além de muito usadas para a produção de mel, elas são imprescindíveis para o sistema de polinização de diversas áreas do Brasil.