Da Redação
Publicado em 22 de março de 2012 às 13h37.
O primeiro tablet de nova geração da Motorola a dar as caras no INFOlab, o Xoom 2 Media Edition, trouxe grandes inovações em relação ao primeiro modelo lançado pela empresa no início de 2011. Agora, para ampliar seu portfólio e atender aos que exigem uma tela mais ampla, o Xoom 2 traz as mesmas 10,1 polegadas de seu antecessor e a mesma resolução de 1.280 por 800 pixels. A falta do selo Media Edition não se aplica somente à mudança no tamanho do tablet, mas também no foco do produto. Com um alto-falante a menos e sem o apelo multimídia, o Xoom 2 é o tablet convencional. Equipado com o mesmo processador OMAP 4430 de seu irmão menor, com dois núcleos 1,2 GHz e 1 GB de memória RAM, sua grande vantagem é entregar uma tela maior com um design mais agradável e uma configuração balanceada.
Medindo 25,7 por 17,4 por 0,94 centímetros e pesando 607 gramas, o Xoom 2 é o tablet com 10,1 polegadas mais compacto e leve que já passou pelo INFOlab. Com acabamento emborracado e plástico na parte traseira, o manuseio é bastante confortável. Há um problema com a posição dos botões físicos de volume e tecla para bloquer/desbloquear a tela. Por uma característica de design, os cantos do Xoom 2 não comportam botões. Por esse motivo eles foram deslocados para a traseira do aparelho. A adaptação a essa mudança não é das mais graves. As portas microUSB e microHDMI mantém o mesmo padrão do Xoom, postas lado-a-lado na face inferior do gadget. Ao lado das entradas há uma pequena tampa removível para a entrada microSD e do cartão SIM.
Assim como no Xoom 2 Media Edition, o novo gadget traz a proteção SplashGuard. Presente na carcaça e componentes internos, ela repele qualquer líquido que entre em contato com o tablet. Infelizmente isso não é o suficiente para tornar o tablet apto a um mergulho na piscina, mas protege o aparelho contra refrigerantes, sucos e humidade. A solução é desenvolvida pela P2i Labs e também protege o aparelho contra manchas e corrosão.
[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=ISnEiNOJ0s8&w=600&h=335]
O Android 3.2 (Honeycomb) não sofreu grandes modificações. Ao contrário da aposta para os smartphones, com uma interface mais distante da versão pura do sistema, nos tablets as mudanças se limitam a ícones personalizados e um conjunto bastante útil de aplicativos. O Dijit, um controle remoto universal, permite que o usuário controle qualquer receptor de satélite, TV ou reprodutor de mídias pelo sensor infravermelho do Xoom 2. Basta escolher marca e modelo. A interface não é das mais simples de usar, com grandes listas de produtos e um visual pobre. No entanto, seu funcionamento é prático e traz bons resultados.
Há três aplicativos de videoconferência (Fuze Meeting, GoTo Meeting e Polycom) que permitem compartilhar o vídeo, áudio e a tela do apresentador. A exibição de slides, fotos e vídeos ocorre sem grandes problemas. Outro recurso interessante é o MotoCast. Com ele é possível compartilhar o conteúdo multimídia de um computador e do celular pela internet. Basta instalar o aplicativo nos equipamentos e acessar um endereço específico. A configuração é bem simples e rápida. Nessa mesma linha há o Twonky, que habilita um servidor de vários protocolos (DLNA, AirPlay, UpNP, etc). Sua interface é bastante simples, mas não muito bem acabada. O suporte a arquivos do Microsoft Office pode decepcionar usuários com perfil mais corporativo, pois o QuickOffice HD não vem instalado em sua versão completa e permite apenas a visualização dos arquivos.
As opções de entretenimento ficam por conta dos jogos N.O.V.A. 2 HD e Need for Speed Hot Pursiut, que infelizmente é uma versão de avaliação com tempo limitado. Na frente multimídia o Xoom 2 traz o player básico do Android, simples e funcional. O serviço de streaming Netflix também vem pré-instalado e com um mês de degustação grátis. A execução de vídeos se mostrou bastante fluida nos testes do INFOlab. O único problema está no número de formatos suportados. O Xoom 2 é compatível com vídeos em MP4, DivX e XviD.
Mesmo com uma caixa de som a menos em relação ao Media Edition, o áudio do Xoom 2 tem um bom volume e graves presentes. A saída P2 para fones, localizada acima da câmera, pode gerar desconforto durante a reprodução de vídeo por conta do fio. A saída microHDMI suporta a resolução de 1.920 por 1.080 pixels e funcionou dentro do esperado.
A digitação no Xoom 2 ganha pontos por conta do SwiftKey. Funcionando como uma espécie de T9, o recurso sugere palavras conforme o usuário acrecesta as letras. Não há suporte a Swype e, sem o SwiftKey, a digitação é feita da forma tradicional. O teclado virtual QWERTY exibido na vertical e horizontal. Em ambos os modos, o tamanho e espaçamento das teclas é confortável. Com o equipamento deitado, é difícil digitar com ambas as mãos. Na vertical, é possível digitar e segurar o tablet ao mesmo tempo, posição bastante confortável e não muito comum na concorrência.
A câmera de 5 megapixels com flash LED faz fotos medianas. Há opções simples para ajustar o balanço de branco, ganho de exposição e alguns efeitos. A gravação de vídeo é feita em 1.080p a 30 quadros por segundo. A captação de áudio não é das melhores.
[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=Z-5OfpaElMo&w=650&h=360]
Tela | 10,1 |
---|---|
Processador | OMAP 4430 1,2 GHz |
Armazenamento | 32 GB + microSD |
Conectividade | Wi-Fi + 3G |
Peso | 607 g |
SO | Android 3.2 |
Duração de bateria | 6h55min |
Prós | Corpo compacto; boa pegada; configuração equilibrada; |
---|---|
Contras | Controles de volume e bloqueio de tela com posição ruim; |
Conclusão | O novo Xoom apresenta uma grande evolução em relação ao anterior, entregando ótimo equilíbrio do software com um hardware confortável e fácil de manusear |
Configuração | 8,8 |
Usabilidade | 9,0 |
Bateria | 7,5 |
Design | 8,4 |
Média | 8.7 |
Preço | 1760 |