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WikiLeaks: soldado teria vazado documentos com cópia em CD-RW

Bradley Manning teria dito em bate-papo na internet que poderia gravar dados secretos em CD com etiqueta "Lady Gaga"

Página inicial do site WikiLeaks (Joe Raedle/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 29 de novembro de 2010 às 16h16.

São Paulo – Os 250 mil documentos secretos da diplomacia norte-americano que foram revelados ao mundo pelo site WikiLeaks no domingo (28) podem ter sido vazados por um soldado norte-americano que atuou no Iraque. Segundo o jornal britânico The Daily Mail , o principal suspeito é Bradley Manning, um jovem de apenas 23 anos que cresceu no Reino Unido e que atualmente está preso enquanto aguarda o desfecho das investigações do vazamento.

Conforme a publicação, o jovem tinha acesso a todos os dados divulgados pelo Wikileaks teria simplesmente copiado os arquivos para um CD-RW antes de copiá-los para um pen drive. “Eu chegaria com um CD-RW com uma etiqueta com alguma coisa do tipo Lady Gaga... apagaria as músicas... e gravaria um arquivo comprimido”, teria descrito Manning em um bate-papo online com um homem chamado Adrian Lamo.

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Outras falas atribuídas a Manning sugerem que ele sabia o tamanho do escândalo que estava prestes a detonar e que era contra a existência de sigilo por parte do governo. “Hillary Clinton e vários milhares de diplomatas de todo o mundo terão ataques cardíacos quando eles acordarem uma manhã e descobrirem que um repositório inteiro de políticas externas sigilosas está disponível, em um formato ‘buscável’, ao público. (...) Informação deveria ser livre. Isso pertence ao domínio público”.

Ele teria dito ainda que teve acesso irrestrito a redes secretas 14 horas por dia, sete dias por semana por mais de oito meses. Lamo, que recebeu a confissão pela internet, denunciou o jovem às autoridades, mas quando Manning foi preso ele já havia enviado todo o conteúdo contrabandeado para o WikiLeaks, que iniciou o processo de análise dos dados e disponibilização ao público.

Segundo o Daily Mail, o soldado está detido em uma prisão militar aguardando julgamento e pode pegar até 52 anos de prisão.

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