SÃO PAULO - Depois de ter entrado, na semana passada, com um mandato de segurança para impedir a fusão da HP com a Compaq, Walter Hewlett entrou novamente, no final da tarde de ontem (dia 1º) na justiça contra a empresa fundada por seu pai.

Em processo aberto na corte de Delaware, segundo informações do The Mercury News, Hewlett questiona as táticas adotadas pela companhia na sua batalha com acionistas - ontem, a HP vetou a participação do herdeiro como membro do conselho executivo da companhia.

Há duas semanas, diz o Mercury, um dos diretores da HP, Sam Ginn, chegou a interpelar Walter Hewlett, numa tentativa de re-aproximação entre as duas partes. Segundo a matéria, Ginn foi encorajado pela própria Carly Fiorina a tentar o apoio de Hewlett e negociar sua permanência entre os membros da diretoria. Pelo visto, a estratégia não deu certo.

Não há o menor indício, por enquanto, se a guerra travada entre alguns membros da família Hewlett, capitaneados por Walter, e a atual direção da companhia vá acabar tão cedo ou de forma amigável. A situação é delicada: junto com a família Packard, os Hewletts possuem, hoje, 12% das ações da companhia - ou o bastante para terem direito a um representante na diretoria da HP.