As receitas com vendas de dispositivos móveis, por sua vez, caíram 31% (Brendan McDermid/Reuters)
Da Redação
Publicado em 18 de abril de 2013 às 17h13.
Os resultados financeiros do primeiro trimestre da Nokia, divulgados nesta quinta-feira, 18, mostram que mesmo a fabricante finlandesa tendo conseguido vender 5,6 milhões de unidades dos seus smartphones da família Lumia no primeiro trimestre (alta de 27% em relação ao quarto trimestre do ano passado), isso não foi suficiente para impedir a queda de 30% nas vendas totais de telefones móveis, que encerraram os primeiros três meses de 2013 em 55,8 milhões de unidades.
Desse total, 11,1 milhões eram smartphones, incluindo 500 mil devices Symbian e 5 milhões de Nokia Asha, sua linha de smartphones de entrada.
As receitas da Nokia caíram 20%, de 7,35 bilhões de euros (US$ 9,58 bilhões) no primeiro trimestre do ano passado para 5,85 bilhões de euros (US$ 7,62 bilhões) neste primeiro tri de 2013. As receitas com vendas de dispositivos móveis, por sua vez, caíram 31%, de 2,31 bilhões de euros (US$ 3 bilhões) para 1,59 bilhões de euros (US$ 2,07 bilhões) no período.
Um ponto positivo é que a Nokia conseguiu reduzir seu prejuízo trimestral de 1,57 bilhão de euros (US$ 2,05 bilhões) em 2012 para 339 milhões de euros (US$ 442 milhões) entre janeiro e março de 2013.
NSN
Seu braço fornecedor de equipamentos de rede, a Nokia Siemens Networks (NSN), experimentou uma queda nas receitas de 5%, passando de 2,95 bilhões de euros (US$ 3,84 bilhões) para 2,8 bilhões de euros (US$ 3,65 bilhões) entre os primeiros trimestres de 2012 e 2013. A queda em relação ao quarto trimestre do ano passado foi mais acentuada, de 30%, mas reflete, segundo o balanço financeiro, a sazonalidade do mercado.
As vendas foram menores na Europa (21% na comparação anual) e América Latina (22%), pressionada por menos vendas na área de banda larga móvel, embora parcialmente compensadas pelo aumento das vendas na América do Norte (alta de 50%). Na distribuição geográfica das vendas, a Europa respondeu por 731 milhões de euros (US$ 953 milhões); Oriente Médio e África, 259 milhões de euros (US$ 337 milhões); China, 223 milhões de euros (US$ 290 milhões); Ásia-Pacífico, 872 milhões de euros (US$ 1,14 bilhão); América do Norte, 424 milhões de euros (US$ 552,5 milhões); e América Latina, 295 milhões (US$ 384 milhões).
O ponto positivo é que a NSN conseguiu fechar o trimestre no azul, com lucro operacional de 3 milhões de euros (US$ 4 milhões), menor do que os 252 milhões de euros (US$ 328 milhões) do último trimestre do ano passado, mas sensivelmente melhor do que o prejuízo operacional de mais de 1 bilhão de euros (US$ 1,3 bilhão) que a fornecedora teve entre janeiro e março de 2012.