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Videogames provocam agressividade em crianças e adolescentes

Pesquisa foi realizada em Singapura durante um período de três anos com crianças de oito a 17 anos de idade, das quais 73% eram do sexo masculino

Crianças são vistas jogando videogame: resultados ilustram os efeitos dos videogames sobre a agressividade em todas as culturas e todas as idades, disse principal autor da pesquisa (AFP/Arquivos)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de março de 2014 às 20h50.

Crianças e adolescentes que jogam videogame regularmente têm mais pensamentos e comportamentos agressivos - é o que mostra um estudo realizado com mais de 3.000 participantes divulgado nesta segunda-feira nos Estados Unidos.

Divulgada pelo Journal of the American Medical Association (JAMA) Pediatrics, a pesquisa foi realizada em Singapura durante um período de três anos com crianças de oito a 17 anos de idade, das quais 73% eram do sexo masculino.

Os participantes responderam a uma série de perguntas sobre o número de horas por semana em frente ao console, seus jogos preferidos e se haviam batido em alguém que os provocou ou aborreceu.

As crianças também foram questionadas sobre sonhos em que atingiam alguém até machucar.

"O estudo revela que o fato de passar muito tempo jogando videogames violentos aumenta a longo prazo o comportamento agressivo independentemente do sexo, idade, grau de agressividade inicial dos indivíduos e a intervenção dos pais", escreveu Douglas Gentille, da Universidade de Iowa, principal autor da pesquisa.

Os resultados ilustram os efeitos dos videogames sobre a agressividade em todas as culturas e todas as idades, acrescentou Gentille.

Tanto as crianças mais jovens quanto as maiores "foram afetadas de maneira significativa pelos videogames violentos e o estudo sugere que aqueles que começam a jogar mais cedo estariam mais propensos a ter pensamentos agressivos".

Os resultados são consistentes com teorias segundo as quais um dos elementos-chave do desenvolvimento das crianças de seis a oito anos são a aprendizagem social e as normas culturais como a rejeição da agressividade.

Grande parte destes valores são adquiridos normalmente quando as crianças chegam à adolescência.

Já que uma grande quantidade de jovens e adultos utiliza videogames - mais de 90% dos jovens norte-americanos - "melhorar nossa compreensão sobre seus efeitos é um importante objetivo de investigação com implicações diretas na saúde pública e nas estratégias de intervenção para reduzir o impacto negativo", ressaltam os investigadores.

Para o professor Patrick Wolfe, especialista em estatística da University College London, "os autores do estudo sugerem, mas não demonstram, como os videogames violentos influenciam nos comportamentos agressivos desenvolvendo, com o passar do tempo, uma atitude mental agressiva".

"É importante levar em conta que o que é analisado na pesquisa são respostas a perguntas sobre a conduta agressiva, não o comportamento agressivo em si", disse Wolfe, em comunicado.

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Crianças e adolescentes que jogam videogame regularmente têm mais pensamentos e comportamentos agressivos - é o que mostra um estudo realizado com mais de 3.000 participantes divulgado nesta segunda-feira nos Estados Unidos.

Divulgada pelo Journal of the American Medical Association (JAMA) Pediatrics, a pesquisa foi realizada em Singapura durante um período de três anos com crianças de oito a 17 anos de idade, das quais 73% eram do sexo masculino.

Os participantes responderam a uma série de perguntas sobre o número de horas por semana em frente ao console, seus jogos preferidos e se haviam batido em alguém que os provocou ou aborreceu.

As crianças também foram questionadas sobre sonhos em que atingiam alguém até machucar.

"O estudo revela que o fato de passar muito tempo jogando videogames violentos aumenta a longo prazo o comportamento agressivo independentemente do sexo, idade, grau de agressividade inicial dos indivíduos e a intervenção dos pais", escreveu Douglas Gentille, da Universidade de Iowa, principal autor da pesquisa.

Os resultados ilustram os efeitos dos videogames sobre a agressividade em todas as culturas e todas as idades, acrescentou Gentille.

Tanto as crianças mais jovens quanto as maiores "foram afetadas de maneira significativa pelos videogames violentos e o estudo sugere que aqueles que começam a jogar mais cedo estariam mais propensos a ter pensamentos agressivos".

Os resultados são consistentes com teorias segundo as quais um dos elementos-chave do desenvolvimento das crianças de seis a oito anos são a aprendizagem social e as normas culturais como a rejeição da agressividade.

Grande parte destes valores são adquiridos normalmente quando as crianças chegam à adolescência.

Já que uma grande quantidade de jovens e adultos utiliza videogames - mais de 90% dos jovens norte-americanos - "melhorar nossa compreensão sobre seus efeitos é um importante objetivo de investigação com implicações diretas na saúde pública e nas estratégias de intervenção para reduzir o impacto negativo", ressaltam os investigadores.

Para o professor Patrick Wolfe, especialista em estatística da University College London, "os autores do estudo sugerem, mas não demonstram, como os videogames violentos influenciam nos comportamentos agressivos desenvolvendo, com o passar do tempo, uma atitude mental agressiva".

"É importante levar em conta que o que é analisado na pesquisa são respostas a perguntas sobre a conduta agressiva, não o comportamento agressivo em si", disse Wolfe, em comunicado.

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