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Viajar para ver animal selvagem? Esqueça o TripAdvisor

O TripAdvisor e seu parceiro Viator anunciaram que vão parar de vender entradas para muitos passeios relacionados a animais selvagens.


	Turista anda de elefante nas ruínas do Camboja
 (Erik De Castro/Reuters)

Turista anda de elefante nas ruínas do Camboja (Erik De Castro/Reuters)

Diogo Max

Diogo Max

Publicado em 12 de outubro de 2016 às 14h20.

São Paulo – Um dos maiores sites de viagem do mundo resolveu dar um ponto final em um assunto pra lá de polêmico. O TripAdvisor e seu parceiro Viator anunciaram nesta quarta-feira que vão parar de vender entradas para muitos passeios relacionados a animais selvagens.

Entre esse tipo de atração, estão aquelas relacionadas a animais em cativeiro e em extinção, como passear sobre elefantes, acariciar tigres e nadar com golfinhos.

Os bilhetes para algumas dessas atrações vão deixar de ser vendidos imediatamente, de acordo com o TripAdvisor, mas a mudança na política de venda de ingresso só ficará completa no início de 2017.

Isso porque o site também planeja lançar um portal educativo, com pontos de vista de diversos especialistas sobre turismo sustentável, cuidado animal, conservação da natureza e ciências zoológicas e marinhas.

Todas as atrações relacionadas a animais selvagens, até mesmo aquelas cujos ingressos não poderão mais ser vendidos, vão permanecer na seção de resenhas, mas vão ganhar um ícone para redirecionar para o portal educativo.

"Acreditamos que o resultado final de nossos esforços será o de dar aos viajantes a possibilidade de realizar escolhas mais profundas sobre visitar uma atração animal e escrever resenhas mais significativas sobre elas", afirmou Stephen Kaufer, presidente do TripAdvisor.

Algumas atrações que forem excluídas vão poder apelar da decisão, desde que possam comprovar que estão dentro da nova política de venda de ingressos, entre elas: montar a cavalo, acariciar animais domésticos (coelhos, por exemplo), ou piscinas educativas em alguns aquários.

Um estudo da Universidade de Oxford, no Reino Unido, publicado em outubro do ano passado, afirma que até 4 milhões de turistas pagam para visitar atrações que são consideradas danosas ao bem-estar dos animais e que muitas resenhas no TripAdvisor falham em mencionar esses problemas. 

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