São Paulo - Viagens, câmeras fotográficas e música são os itens mais comprados pelos brasileiros na internet, ao passo que comida, higiene bucal e produtos de limpeza são os menos adquiridos online.
Esses são alguns dos resultados mostrados pela pesquisa Connected Life, da consultoria TNS, que ouviu 56,6 mil usuários de internet em 52 países, sendo 963 pessoas no Brasil.
O estudo mostra que os consumidores brasileiros pesquisam mais na internet antes de comprar itens como tablets, smartphones e TVs, mas na hora da aquisição ainda preferem lojas físicas.
Na análise de Juliana Honda, responsável pela análise dos dados da TNS, apesar de o Brasil ser um mercado digitalmente envolvido, a chamada "jornada de compra" é predominante no meio off-line.
"Para desenvolver o e-commerce no País é necessário ajustar a estratégia de negócio e a logística a aspectos comportamentais do brasileiro, lembrando que nem todas as faixas etárias e públicos possuem o mesmo acesso e conectividade ao meio online", pondera a especialista.
No Brasil, de 24% a 48% dos usuários de internet fazem algum tipo de compra online, mesmo nível de África do Sul e China, por exemplo. Já países como Austrália, Dinamarca e Noruega se encaixam na faixa mais alta, onde mais de 60% dos consumidores adquirem bens e serviços pela internet.
Entre os consumidores brasileiros, preocupações com segurança e falta de confiança são as principais barreiras para o comércio eletrônico. Por outro lado, o preço e a entrega grátis são vistos pelos entrevistados como os maiores atrativos.
Em relação ao "showrooming", prática que consiste na pesquisa online de preços e produtos enquanto o consumidor está no ponto de venda físico, 26% dos entrevistados globalmente afirmam fazer esta avaliação, enquanto a média brasileira é de 22%. Quanto ao uso do celular como meio de pagamento, a média global é 20%. No Brasil, cai para 11%.
-
1. Compras internacionais online
zoom_out_map
1/10 (Getty Images)
Atraídos pelos
preços às vezes mais atrativos – mesmo com a alta do
dólar –, alguns consumidores acabam escolhendo fazer compras em
sites internacionais. O problema é que a promessa de economia, algumas vezes, vira uma grande dor de cabeça. “O barato pode sair caro, pois qualquer produto importado está sujeito a tributação”, diz Elizabeth Andreoli, coordenadora do Comitê de Varejo da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net). O imposto de importação a ser pago pelo consumidor nas compras feitas nesses sites é de aproximadamente 60% e a Receita Federal fiscaliza as encomendas nos Correios. “O consumidor precisa levar em consideração o imposto antes de fazer a compra para não ter surpresas”, afirma. Pensando nisso, a camara-e.net elaborou um guia com dicas para ajudar o consumidor a se proteger nas compras internacionais. Veja todas na galeria a seguir:
-
2. 1- Busque referências
zoom_out_map
2/10 (Getty Images)
Antes de efetuar uma compra com base apenas no preço vantajoso, procure referências da loja com outros
consumidores. Opte também por lojas conhecidas e confiáveis.
-
3. 2- Cuidado com a pirataria
zoom_out_map
3/10 (Joel Saget/AFP)
Há sites que vendem produtos falsificados, e o consumidor só vai descobrir que comprou gato por lebre depois que receber a encomenda. Reclamar, depois, pode ser impossível.
-
4. 3- Fique de olho na hora de finalizar a compra
zoom_out_map
4/10 (Arquivo)
Alguns sites alertam para a possível cobrança de impostos no destino, simulando o valor final com a tributação e já incluindo esse valor no preço a ser debitado do
cartão. Outros, não se responsabilizam pela tributação e nem sequer citam essa possibilidade.
-
5. 4- Faça as contas
zoom_out_map
5/10 (iStock)
Livros,
revistas, jornais e medicamentos são os únicos produtos isentos de taxas de importação. Os demais produtos são tributados. O imposto é calculado com base na soma do valor do produto, do frete e do seguro cobrado pela transportadora. E essa conta resulta em aproximadamente 60% a mais que o valor inicialmente pago.
-
6. 6- Consulte a política de trocas e devoluções da loja
zoom_out_map
6/10 (Getty Images)
Certifique-se de que também vale para entregas internacionais. Do contrário, você pode ter de arcar com os altos custos de reenvio da mercadoria que chegou com defeito ou que deseja devolver.
-
7. 7- Fique de olho no idioma
zoom_out_map
7/10 (Flickr/Creative Commons/Terry Johnston)
Em geral, os sites estrangeiros têm informações em outros idiomas e muitas lojas internacionais mantêm uma versão em português justamente para atender os compradores do Brasil. Isso pode confundir o consumidor, que acha que está comprando em um site brasileiro e acaba não sendo alertado para a questão da tributação. Pela
legislação brasileira, toda loja virtual do país deve trazer em sua página inicial, em destaque, informações como Razão Social, CNPJ, endereço, telefone e meio de contato eletrônico. Essa é a melhor forma de se certificar que o site é brasileiro.
-
8. 8- Lembre-se das leis
zoom_out_map
8/10 (AFP)
Sites internacionais não estão sujeitos às leis de defesa do consumidor brasileiras. Portanto, fica difícil recorrer à justiça se o produto não for entregue. Com isso, em caso de defeito ou de arrependimento da compra, você não conseguirá efetuar a troca ou devolução do produto. Da mesma forma, se a empresa não entregar o produto, você dificilmente conseguirá ser ressarcido.
-
9. 9- Fique atento à qualidade dos produtos
zoom_out_map
9/10 (andercism/Photopin)
Mercadorias adquiridas em sites de fora do país não sofrem a mesma fiscalização de uma importação comum. Por isso, itens que demandam alguns cuidados de segurança, como brinquedos, dependendo da origem, não terão passado por qualquer tipo de teste ou certificação dos órgãos oficiais brasileiros, o que pode colocar esses produtos fora das especificações legais e regras de segurança nacionais.
-
10. Agora veja as melhores novidades apresentadas no Mobile World Congress 2015:
zoom_out_map
10/10 (Getty Images)