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Vamos perder a batalha da inteligência artificial, diz CEO da Microsoft

Baixa qualificação em exatas deve ser o maior agravante para o desenvolvimento da tecnologia no Brasil, diz Tânia Cosentino

Tânia Cosentino, da Microsoft Brasil: falta de mão de obra especializada no país preocupa executivos (Alan Teixeira/Divulgação)
GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 18 de fevereiro de 2020 às 13h00.

Última atualização em 18 de fevereiro de 2020 às 13h19.

São Paulo - O Brasil está fadado a fracassar na disputa pelo posto de liderança em inteligência artificial. De acordo com Tânia Cosentino, CEO da Microsoft Brasil, isso deve ocorrer em função da baixo interesse dos brasileiros por matemática.

“No índice de pessoas graduadas [no Brasil], somente 15% são da área de exatas, enquanto a China está beirando os 40%. Vamos perder a batalha da inteligência artificial”, afirmou a executiva, durante evento do BTG Pactual (controlador de EXAME). Ela também chama a atenção para a pequena participação feminina no segmento. “Desses 15%, somente 15% são mulheres."

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A baixa qualificação da mão de obra brasileira em tecnologia é uma das principais preocupações dos executivos da área. “Hoje, skills  [qualificação] é o tema central”, afirmou o CEO da IBM Brasil. Segundo ele, o número de vagas com carência de mão de obra qualificada no Brasil deve chegar a 500 mil nos próximos cinco anos.

Para Cosentino, a demanda por esse tipo de profissional vai aumentar de forma que não vai dar tempo para as pessoas se especializarem. “Ao contrário da terceira revolução industrial, que demorou 30 anos, isso vai acontecer em menos de 10 anos. Vir para a nossa área é emprego garantido”, disse.

“Dos empregos de 2030, 65% ainda não existem hoje. Desses, quase 100% vai estar relacionado à tecnologia”, afirmou Rodrigo Galvão, CEO da Oracle Brasil.

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