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Vale do Silício será centro da economia americana

Peter Thiel, cofundador do PayPal, anunciou uma "nova era" para a economia americana nas próximas décadas

Sede do Google em Mountain View, no Vale do Silício, Califórnia (Justin Sullivan/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de setembro de 2014 às 08h35.

São Francisco - Investidor conhecido pelo faro certeiro para negócios de internet , Peter Thiel, cofundador do sistema de pagamentos online PayPal, subiu na terça-feira, 09, ao palco do TechCrunch Disrupt - principal evento mundial para startups ligadas ao setor de tecnologia - e anunciou uma "nova era" para a economia americana nas próximas décadas.

E o principal centro dessa mudança será o polo de tecnologia Vale do Silício.

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Thiel fala com conhecimento de causa. Além de ajudar a criar o PayPal - parte do grupo eBay -, foi um dos primeiros investidores do Facebook. Já colocou dinheiro em outros êxitos, como o LinkedIn e o Yelp.

No Brasil, seu fundo Valar Ventures já apostou na Oppa, que vende móveis pela internet, e Descomplica, que oferece cursos online para o Enem.

Parte integrante dessa comunidade tecnológica, ele diz que não vê motivo para mudar de lugar tão cedo: "Depois da crise de 2008, o Vale do Silício se tornou o lugar aonde ir.

Não quero fazer muito barulho em cima disso, mas (o Vale do Silício) é o lugar aonde se deve ir nos próximos 10 ou 20 anos", afirmou ontem, durante o TechCrunch Disrupt, em São Francisco.

Thiel aproveitou a apresentação no TechCrunch para tuitar pela primeira vez. Seu primeiro tuíte não usou nem metade dos 140 caracteres.

Tratou apenas do título e um link para comprar seu novo livro, que já está à venda na Amazon: Zero to One: Notes on Startups, or How to Build the Future (Do Zero a Um: Notas sobre Startups, ou Como Construir o Futuro).

Na obra, ele fala que o progresso pode ser obtido em qualquer indústria e afirma que o próximo Bill Gates será quem conseguir criar um tipo de negócio completamente novo.

Questionado sobre o que observa em uma startup antes de investir, Thiel disse que analisa o histórico dos empreendedores envolvidos e evita investir de imediato antes de "sentir" a consistência da empresa.

"Vejo há quanto tempo (os empreendedores) trabalham juntos e se vão desistir no primeiro sinal de problema", disse.

Brasil

A delegação brasileira presente na área de startups do TechCrunch Disrupt é uma das maiores do evento - são 30 expositores, selecionados pelo Sebrae e pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex).

No pavilhão de startups, que fica logo na entrada do evento, empresas de diversos países dividem espaço. Há delegações de Coreia do Sul, Japão, Argentina e Holanda, entre outras.

O desafio das empresas, no meio de tantos outros negócios, é fazer uma ideia ganhar destaque.

A gestora de projetos da Apex, Flavia Egypto, diz que, embora seja difícil conseguir um investidor no evento, fazer contatos é essencial para "garimpar" interessados para futuras rodadas de investimento. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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