USP cria app para ajudar cegos a andar pela cidade
Alunos do IME desenvolveram o Smart Audio City Guide, que ajuda deficientes visuais a se locomoverem pela cidade
Da Redação
Publicado em 8 de junho de 2012 às 13h33.
São Paulo - Três alunos do Instituto de Matemática e Estatística (IME) da USP desenvolveram o aplicativo para celulares Smart Audio City Guide, que ajuda deficientes visuais a se locomoverem pela cidade. O trabalho rendeu aos estudantes Renata Claro, Gabriel Reganati e Thiago Silva, do último ano em Bacharelado em Ciência da Computação, o terceiro lugar na Imagine Cup, um concurso de inovação promovido pela Microsoft.
O Smart Audio City Guide é um sistema que utiliza informações geolocalizadas e GPS, sendo alimentado por informações de qualquer usuário da rede, de maneira colaborativa. Qualquer um que possua o aplicativo pode enviar e receber informações sobre determinadas localidades, que são transmitidas na forma de áudio.
Por exemplo, pode-se enviar a informação “aqui há um orelhão” para o sistema, que registra a localidade. Na próxima vez que um usuário do aplicativo estiver passando pelo mesmo local, ele recebe a informação enviada anteriormente. O usuário também pode receber as informações ao tocar a tela do aparelho em qualquer ponto. Veja aqui um vídeo demonstrativo do aplicativo.
O projeto, que começou a ser desenvolvido em novembro de 2011, foi orientado pelo professor Marco Aurélio Gerosa, do IME, e também recebeu a colaboração do professor Artur Rozestraten, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU), que alertou para a dificuldade de mobilidade urbana no grupo de deficientes visuais e sugeriu o desenvolvimento de sistemas móveis conjugando informações em áudio georeferenciadas.
O aplicativo é gratuito para os usuários, que só precisam baixá-lo em seu aparelho. Por causa da competição, promovida pela Microsoft, o Smart Audio City Guide foi desenvolvido para Windows Phone, mas está sendo aperfeiçoado para ficar mais acessível e para que seja disponibilizado em outros aparelhos.
Segundo Gabriel Reganati, um dos membros da equipe Wonders, o sistema ainda precisa ser aprimorado. Thiago Silva, também da equipe, conta que o sistema já funciona, mas hoje possui um servidor limitado. Desse modo, um maior número de usuários poderia sobrecarregá-lo e ele sairia do ar.
Por causa disso, os estudantes estão aperfeiçoando o aplicativo e pretendem colocá-lo para download até o fim do ano. Os idealizadores do Smart Audio City Guide pensam em financiar o projeto com incentivo de empresas vinculadas a ONGs da área, além da publicidade por meio da informação (isto é, poderiam recomendar estabelecimentos mais acessíveis para o público-alvo do aplicativo).
Imagine Cup
Das 81 equipes do Brasil inscritas no concurso, cinco se classificaram para a final, que aconteceu em Brasília, no dia 3 de maio. Os estudantes do IME contam que não esperavam ficar entre os finalistas, inclusive por causa do pouco tempo desenvolvendo seu projeto. Para Reganati, “a premiação foi um reconhecimento enorme do nosso trabalho, pudemos conhecer muita gente”.
Renata Claro concorda: “Tivemos um crescimento profissional muito grande por causa do prêmio. Além disso, o concurso nos deu uma boa visibilidade. Ficamos muito felizes, porque todos os projetos eram muito bons”, diz.
São Paulo - Três alunos do Instituto de Matemática e Estatística (IME) da USP desenvolveram o aplicativo para celulares Smart Audio City Guide, que ajuda deficientes visuais a se locomoverem pela cidade. O trabalho rendeu aos estudantes Renata Claro, Gabriel Reganati e Thiago Silva, do último ano em Bacharelado em Ciência da Computação, o terceiro lugar na Imagine Cup, um concurso de inovação promovido pela Microsoft.
O Smart Audio City Guide é um sistema que utiliza informações geolocalizadas e GPS, sendo alimentado por informações de qualquer usuário da rede, de maneira colaborativa. Qualquer um que possua o aplicativo pode enviar e receber informações sobre determinadas localidades, que são transmitidas na forma de áudio.
Por exemplo, pode-se enviar a informação “aqui há um orelhão” para o sistema, que registra a localidade. Na próxima vez que um usuário do aplicativo estiver passando pelo mesmo local, ele recebe a informação enviada anteriormente. O usuário também pode receber as informações ao tocar a tela do aparelho em qualquer ponto. Veja aqui um vídeo demonstrativo do aplicativo.
O projeto, que começou a ser desenvolvido em novembro de 2011, foi orientado pelo professor Marco Aurélio Gerosa, do IME, e também recebeu a colaboração do professor Artur Rozestraten, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU), que alertou para a dificuldade de mobilidade urbana no grupo de deficientes visuais e sugeriu o desenvolvimento de sistemas móveis conjugando informações em áudio georeferenciadas.
O aplicativo é gratuito para os usuários, que só precisam baixá-lo em seu aparelho. Por causa da competição, promovida pela Microsoft, o Smart Audio City Guide foi desenvolvido para Windows Phone, mas está sendo aperfeiçoado para ficar mais acessível e para que seja disponibilizado em outros aparelhos.
Segundo Gabriel Reganati, um dos membros da equipe Wonders, o sistema ainda precisa ser aprimorado. Thiago Silva, também da equipe, conta que o sistema já funciona, mas hoje possui um servidor limitado. Desse modo, um maior número de usuários poderia sobrecarregá-lo e ele sairia do ar.
Por causa disso, os estudantes estão aperfeiçoando o aplicativo e pretendem colocá-lo para download até o fim do ano. Os idealizadores do Smart Audio City Guide pensam em financiar o projeto com incentivo de empresas vinculadas a ONGs da área, além da publicidade por meio da informação (isto é, poderiam recomendar estabelecimentos mais acessíveis para o público-alvo do aplicativo).
Imagine Cup
Das 81 equipes do Brasil inscritas no concurso, cinco se classificaram para a final, que aconteceu em Brasília, no dia 3 de maio. Os estudantes do IME contam que não esperavam ficar entre os finalistas, inclusive por causa do pouco tempo desenvolvendo seu projeto. Para Reganati, “a premiação foi um reconhecimento enorme do nosso trabalho, pudemos conhecer muita gente”.
Renata Claro concorda: “Tivemos um crescimento profissional muito grande por causa do prêmio. Além disso, o concurso nos deu uma boa visibilidade. Ficamos muito felizes, porque todos os projetos eram muito bons”, diz.