São Paulo - Kyle Russell teve seu Google Glass roubado ao sair com o aparelho nas ruas de San Francisco, nos Estados Unidos.

Ele caminhava pelo distrito de Mission quando uma pessoa colocou a mão sobre o seu rosto e gritou "Glass!". Ela, então, pegou o dispositivo e correu para longe, perseguida por Russel, mas, antes que pudesse ser alcançada, a pessoa jogou o Glass no chão com toda sua força e conseguiu escapar.

"Em retrospectiva, vejo que sair com o Glass na rua não foi uma boa ideia", disse Russell, em seu relato publicado no Business Insider, veículo de comunicação em que ele trabalha como repórter de tecnologia.

Pouco antes do incidente, ele realizava uma reportagem sobre uma manifestação popular contra um advogado do Google que havia expulsado alguns professores de suas residências pouco depois de ter se mudado para o distrito de Mission.

"As pessoas estão sendo expulsas ou sendo cobradas para manter suas casas. Qual é a diferença entre perder sua residência e ter uma propriedade sua destruída?", questionou Russell no Twitter.

Em resposta, a internauta identificada como Tarin Towers afirma que "nada radicaliza mais uma pessoa do que ter sua casa tomada. Algo desse tipo é como destruição de propriedade".

Não é a primeira vez que um jornalista de tecnologia sofre algum tipo de agressão por usar o Google Glass.

Em fevereiro deste ano, Sarah Slocum foi agredida e roubada, também nos Estados Unidos, enquanto usava o aparelho em um bar em San Francisco.

"Jogaram coisas em mim pelo simples fato de serem haters do Google Glass!”, de acordo com o perfil da repórter no Facebook.

Procurado pela INFO, Russell disse não ter mais nada a comentar sobre o caso do Google Glass, mas afirmou não acreditar que relógios inteligentes possam causar reações semelhantes.

"Smartwatches não são notados tão facilmente quanto o Glass", declarou.

O Google Glass será vendido na próxima terça-feira (15/04) por 1.500 dólares, ou seja, 3.315 reais, mas apenas por 24 horas.